The HELL Paradise

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 11:03

Este texto que se segue... inédito e absolutamente escrito em lucidez. Apenas usando teclado e mãos e pensamento. Nunca mais haverá mais. Apenas um dia. Nenhuma correcção ortográfica.

'' Bebendo acetona com unhas de cabelo. Sentada numa taberna de tufos ao calor da tua canção, sempre cheia de enxofre. Posso permitir-me a escrever e a ensaiar sem tocar em nada, em plena hipnose. Bem vindo Neptuno dos loucos aos meus dominios!! Obrigado a Urano pela tua vontade de ser rebelde comigo, e a ti, Plutão por me guiares a mundos que nem desconfio e fazer-me voltar! Claro, a mercúrio, esse Hermes que voa de um lado para o outro e me deixa escrever de forma fútil e rudimentar.''

||  corre-me nas veias, o sangue dos Malditos, dos Aprisionados, dos Devorados, dos Visionários acorrentados, dos que São... nunca mais é, isso que é!!! Procurei uma idolatria, algo a que idolatrar; descobri que não sei como se idolatra o que não se aprendeu. O Caos, não quer escrever, quer se perder. Voo(ltar) e não mais, esse mais e já está, não há idolatria. Prego os braços, já pregados e as mãos tentam despregar. Dizem as unhas dos pés, que preciso tirar os dedos. E com os dedos, retirar as unhas, e com as unhas, achegar a um dissolvente, ou um reagente que idolatradamente retire o verniz delas com as Senhoras Donas Unhas.
O céu estremeceu, e caiu uma chuva de um convento numa gaveta.  Há uma chave a berrar. Dizem que a Nossa Senhora está a pregar para portas erradas, porque tem lágrimas amarradas. As chaves até já têm dentes, por forçarem tantas vezes a abrir as 458 mil  mãos que tenho e que teimam em abrir portas fechadas que os demónios de chico nariz empestado cú amarrado peludo nas ventas que o pariu não deixam. Até aprenderam a ladrar, e descobriu-se que os surdos nasceram de repente, numa só hora, que até os sinos resolveram fazer greve com açorda viva. Dizem que nela colocaram bacalhau, e que com uma mão puseram o pirolito de açúcar a rezar mel, porque lhes pareceu que havia pólen demais no ar, e as abelhas de tão bêbedas de vinho amarelo, ficaram amarelas, e até começaram a usar óculos escuros e farda às riscas pretas e mais amarelo para não serem confundidas.
 «Dante, dante, oh, dante... que cheiro é este?!! DANTE?!!!»
Cof cof cof... cheira a enxofre, ai ai é ovo podre. Não, não... é uma velha parida criança. Uiva como os lobos e não é lobo e tem um olho e me olha como Lua. Creio que é o Inferno da Coelha, da Hiena, de Ti. Cof cof cof... uma tortilha de militares a mijarem em cima da chaminé, e com os pés rezam a última constituição. De repente, ficou tudo cagado, e o Senhor desceu à terra e fez-lhes uma cruz. Sem demorar, nasceram coentros e subiram até às guelras e assim todos suicidaram. Nenhum deixou um filho. Tinham a espada no coração. A razão no pénis e a boca no ânus. Houve uma paródia anal, num ano anual em que todos souberam que a vida das moscas é mastigarem apenas putrefacção e quererem convencer que é vida. Cof cof cof, o demónio está apertar-me os seios nasais. Diz-me a berrar como os gigantes, que precisam crescer tanto para fazer valer a sua voz,  que é para sentir melhor o enxofre. Veja-se, que até quer-me convencer que é azul, e ainda há pouco tentou dizer-me que era rosa. Até já cresceu um pouco mais de estatura e tentou convencer-me que é um piri-piri e que devia olear a vagina com aquilo.
Redondo, muito redondo arrota. Depois volta e arrota na rota da roda e põem-se a dançar como um louco. Mija-se a rir e diz-me para continuar. Que sou como um pião a rodopiar, e que até a saia se põem a rir. Diz que comprou um dentista a toda a hora, que a cada minuto coloca brilho nos dentes. Desfaz-se a rir e depois cospe-me na cara. Diz-me que é para dar banho às minhas rugas, ainda não aparecidas mas já com notas de ir cavando os regos em tão precoce idade, que quando era criança, já era velha. Comeram-me o sexo e foram-se a rir com a vagina às cavalitas para debaixo de uma árvore. Ainda ouço o riso. Parece que está oco. Uma puta vergonha puta que segundo me contaram os escorpiões, deitaram-se não só com a vagina às costas e a rir, como ficaram rezando ao quadrado contrário com criançinhas nas mãos. Fizeram imensas blusas, e cuspiam a seiva da minha vagina que berrava, DEUS É VIVO.  Eles riam riam riam, os homens feios, corcundas, costas de espinhas, cheiro a peixe de cinquenta dias. O filme era um terror lindo a sol de meio dia abrasar. Eles tinham bronzeados que faziam as mulheres amar tanto, mas elas amavam era a minha vagina às costas deles. Eles esqueceram-se que a tinham colocado lá, por isso é que eu andava como um palhaço desdentado à volta do mundo, em cima do dedo pequeno à minha procura. Eu estava lá em cima deles. Tinha me transformado em 555,00011155858 vaginas. Tinha o tamanho de uma areia. Tal a crueldade. Eles fodiam que nem moscas em cima do esterco de todas as bolachas que surgiam a voar no ar. Usavam canas de pesca para pescar no céu.. coooFF CCoooFFf... estão a mandar-me calar. Estou a ofender a plateia. O director de cena diz que tenho um cabelo caído na testa, está colado com UHU!! Preciso pintá-lo como se fosse uma zebra para poder descolar ele, sem partir.Sem partir nem um pouco. Tenho que fazer um fio de cabelo de zebra e pô-lo a conversar. A conversar que é Manuel da Portela, e que o diabo não tem unhas nos pés, e deus nasceu careca.
Manuel da Portela, de tão putela, disse que  todas as mulheres são umas mulheres.  Mas ele está enganado. Tem este hábito de vestir de Maria Putela e pôem-se a falar assim, na minha boca e que nem é boca. Mulheres, têm a  razão, o coração a falar à vista e não precisam de óculos escuros. As que precisam, são aquelas que o homem disse, senta-te e eu dou-te seiscentos euros diários e és o que eu quero. Nada mais ouvirás e teus ouvidos têm sebo que não acordam nem um mosquito. Pegas tua malinha Prada, teu anelinho Cartier, teu rímelinho Ester lauder e vais às escondidas beijar o teu amantinho, que nunca te levará e eu serei o rei das sempre acompanhantes siliconadas e apenas para elas tenho força no meu falo de pénis que outro nome não põem e que é feio, de tão feio que nem à vagina pode se comparar de tão bela que ela é.... Mas é só a ti que te amo, e por isso te compro inteirinha, e inteirona. És tudo para mim, por isso tens de ser verdadeira, inteira e toda minha. Eu amo-te entre todas, mas nunca estou para ti.
coofff ccoofff, não querem mais que seja actriz na peça. O roteirista não leu uma única frase dele. Eu pus-me a falar, com um texto invisível à frente e com um Diabo de rabo recto cruzado à barriga com unhas amarelas na ponta e colocado  na minha retaguarda a picar-me com um alfinete.. Cooofff cooofff, tanto enxofre a ser vomitado. Sinto um frango a voar por aqui. O palco está esquisito, Até faz rito, e nisto grito que é galinha e o pano parece abaixar, mas na plateia, todo o mundo do Renascimento parece ter reencarnado no papel da parede. Muitas palmas e a palavra não ouve-se e gritam, « Não abaixam o pano. Queremos mais. BIS BIS...»
 Ao fundo, um grande arrogante, berra e diz: «Cultiva-te puta. Mas não me peças a mim, porque eu sou o maior consumidor e ganancioso de conhecimento. Apenas quero engordar. Quero ser o mais poderoso. Por isso, não sou humilde e não compartilho conhecimento. Todos deveis ser burros e por isso, tenho que vos fazer burros e nunca deixar que o conhecimento vos chegue. Bebo de tudo, e grito que vós sois uns incultos, mas não vos dou nada. Preciso da vossa burrice para ser o mais inteligente e assim, como um mata moscas, posso acertar-vos. Sois feitos de leprose para mim, merdas sem túmulo. Vão se cultivar seus e suas inúteis. Tu, principalmente tu, que estás para aqui a escrever merda. Pura merda sem sentido. Traste de pessoínha, que nada será lido.Cultiva-te, vai-te cultivar que o amor não te cultiva e nem eu. Não te dou nada. Ninguém te dará nada. Nem os livros. Ficarás incapacitada mentalmente de aprenderes a cultivar-te. Cultiva-te, vá. Não escrevas parolices. »
Retiro-me e um cheiro ainda maior de enxofre me chega... uma horda de corvos surge, e todos cagam em cima da minha cabeça. O palco todo se abre, e surge uma orquestra. Não, não é de Wagner. É uma orquestra de andorinhas com panteras. Vejo a Rainha Maria Antonieta de França sentada mesmo à frente. Não tem pão, coma bolos, diz-me. Atira-me tantos bolos que fico toda cagada. Ela ri-se que nem uma perdida. Está toda azul. Deve ser do sangue azul. Quase fico amarela de tanto rir. Forço demasiado a mandíbula. De tanta veemência já tenho o pescoço no chão apoiado pelo queixo. Naquela hora, cai um velho coxo do telhado e nesse momento, a menstruação sai-me pela barriga. Grita por mim. Diz-me que quer criar uma pintura. Fazer o mais cheiroso quadrado que o mundo já cheirou. O mundo dos papeis. Aquelas telas grossas. Algodão puro. Linho puro. Vejo nascer bocas entre o sangue, e o velho começa a lamber. Diz-me que são rosas. No fundo, uma velha com pernas de criança e braços de serpente, diz-me que são rosas. Rosas que se vertem de um conto alemão que imigrou para a Índia, nos tempos em que Buda andava à procura de si.   ||

Depois escrevo mais se vier o apetite...devo ter sido picada por um vespão, porque nunca vi tanto grosseirismo junto... 
Quem terá escrito isto em mim? Hoje, questiono-me se estaria tão lúcida quando comecei a escrever isto?? Apesar de estar normal,  escrevi por brincadeira! 

TPM, (já em estado hemorrágico)  é a sua assinatura.

NãoSouEuéaOutra, in num dia que não existiu, apenas se assistiu - 2012 - (C) direitos reservados da Louca

Comments (1)

  1. Passando para desejar um Feliz 2014, já comemorando mais um ano de blog-amizade...cheiinho de imagens [poéticas] lindas e radiantes,

    Abração do Pedra do Sertão

    Só para não esquecer:
    www.pedradosertao.blogspot.com.br

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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?

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