A Vida da Morte

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 18:25

Num momento de descanso. Reviro as pernas, reviro os olhos.


Os textos nascem e fogem-me do cérebro, da memória. Apenas porque esqueço de escrevê-los. Quantos contos, ‘’estórias’’ já se varreram para o caminho do esquecimento, pergunto-me? Não quero pensar!! Não quero procurar reter, não quero uma retenção de líquidos ou hídrica. Se queremos reter tudo, um dia ficamos sériamente doentes no plano orgânico, mental, emocional…
Um copo cheio, não pode receber nova água, apenas porque está cheio. A capacidade mágica do ser humano é ter a coragem de derramar um pouco essa água e saber sair da sua área de segurança. Há seguranças que são falsos pilares, e se atrevermos a sair um pouco, iremos aprender a saber que de facto estamos equivocados. O Medo é o nosso mais poderoso demónio interno. É bom sentir Medo, porque protege-nos, apenas quando ele sai da sua normalidade é que pode se tornar patológico. Um estado de permanente pânico que nos dificulta a passagem pela vida, não é de forma alguma viver dignamente a vida.
Viver é um desafio! Viver é ousar estar aqui!! Viver é ousar amar todo o corpo com que se nasceu!!! Viver é ousar existir!!!!! Já a Morte, o que é a morte senão a constatação diária de que morremos para viver novamente. Sempre que acordamos, porque dormir é uma morte no plano material, vivemos novamente. Viver, implica ter os olhos abertos. A Morte é a mudança; fica-se mais velho a cada dia, perde-se a tonicidade muscular (mais exercícios físicos são praticados para contrariar os efeitos do tempo temporal); chora-se o passado, chora-se o amante perdido, chora-se a casa onde se viveu, chora-se os amigos desviados do caminho e tudo isto é perda. É Morte. É mudança, crescimento para algum lugar. Esta pequena morte que assusta. Porque a Grande Morte, essa fingimos e buscamos a ilusão de uma Eternidade física que só cabe na nossa imaginação.
Quando ouvimos a palavra Vida, sentimos maior vibração e a serotonina aumenta em cadeia. Porque associamos a palavra Vida à beleza, ao júbilo, ao prazer e à alegria. A verdade é que muitas vezes para vivermos temos mesmo de morrer, morrer para vivermos, e isto é, se temos o maior respeito por Nós e pela Vida.
Imaginemos, você vê um documentário sobre uma jovem, esta jovem sofre de anorexia. Você reage de imediato ao estado da jovem. Quer com repulsão quer com compaixão. O facto é que você tem uma reacção e essa reacção revela muito de quem você é, quando pousa os olhos no écran televisivo a sós , quer dizer, sem ninguém por perto. No entanto, o que acontece é que muitas pessoas são anorécticas de forma mental, emocional, espiritual e não o são fisicamente! As mesmas pessoas que olham com compaixão aqueles outros, podem não o ser com eles próprios. Podem sofrer de forte anorexia em alguma área da sua vida, apenas porque recusam a reconhecer-se. Reconhecer-se é mudar, é morrer. Para viver, tem de morrer o anoréctico interno que não devolve vida, que renega qualquer emoção… por exemplo, um anoréctico mental, recusa qualquer alimento mental, como por exemplo, ler livros. A pessoa apenas nega novos conhecimentos, porque acha que aqueles que tem são a sua verdade absoluta. O que essa pessoa não sabe, é que não há verdade absoluta... apenas há a verdade que liberta, e , ainda assim, a que liberta hoje, amanhã entra na reforma. Apenas porque a Vida é Eternidade em constante mudança.

Veja-se a juventude!

O grande mal dos jovens, é não perceberem que ao serem jovens, estão vivenciando o maior testemunho de vida que podem ter. Desejarem ser adultos – saturninos – é esquecerem que são a juventude eterna. A sua inconsciência jovem permiti-os fazerem tudo sem problemas, eles são livres e não o sabem. Não percebem a grandeza e a vida protege-os admiravelmente, eles recuperam rápido de uma queda, de uma ferida. O que eles querem ser, é adultos à força confundindo tudo. Confundem a palavra liberdade e rebeldia. Rebelam-se em vez de serem livres. Serem livres é gozarem a vida ao máximo. Saltar de galho em galho. Um homem de 50 anos não pode dar ao luxo de saltar de galho em galho. A estrutura física já não o permite! Imagine-se a ver um homem de 50 anos a saltar de uma árvore para a outra como se fosse um jovem. As pessoas diriam logo que teria um prego a menos na cabeça. Porque ser adulto e fazer uma coisa jovem é ter pregos a menos. Mas, se observar um jovem a pular de árvore em árvore, a sua exclamação é, ''ah, que virilidade, força e agilidade.''

Afinal, a vida não é só dinheiro e sexo e poder!!Os adultos se afundam nisto, o jovem quer tudo isto porque julga que é a sua liberdade!! Quanta confusão... e além demais, o adulto cobiça o jovem, porque quer ousar ter dinheiro, poder e sexo através da grande juventude e beleza!! A verdade é que são os jovens que expandem a vida, porque o adulto, retrai tudo na sua compulsão e mania das sobrevivências. O jovem, só não vive mais, porque o adulto lhe impõem correias. Não estou a referir à juventude rebelde, mas à juventude que habita em muito jovem, a juventude livre que vive com juízo e só de vez enquanto parte numa de loucura alcoólica ou psicotrópica apenas para experiência.



NãoSouEuéaOutra in '' a retalhar sobre a existência ''
amostra de texto, ensaios misturados...



(...) Uns dos fenómenos que vejo quase diariamente, é no largo do Camões ou Chiado. Os jovens carregam nas mãos em plena tarde ou manhã, garrafas de um litro de cerveja. Ficam sentados a embebedarem-se. Pergunto-me, que liberdade existe nesta juventude atolada de vícios perniciosos? Isto não é '' peace and love'' que só por si foi um falhanço em liberdade. Actualmente estamos todos presos de um capitalismos doentio!!... Estamos todos doentes, e fingimos que não estamos. Nossa hipocrisia é um vómito venenoso em nós próprios. (...)


A Galinha Tosca e a Colher

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 08:30



Escreva-me a história, se faz favor?! Aqui mesmo... A galinha e a colher, heis o titulo. Falta-lhe vontade e coragem? Não desanime, apenas escreva 4 letras e estará a fazer o seu préstimo! A Fotografia ficará feliz com a sua história, em vez desta que é tão ... sei lá!!!


Eles tem humor... oh se têm!!!... uuf uuuf uuufhhhiii

As maravilhosas histórias de encantar, sem ordem de preferência:


(...) patas perdidas sobre o inox... ou a ilha de metal onde perdi a ninhada e me reencontrei comigo mesmo. oxalá a ilha não regresse à gaveta,para junto da companhia silenciosa dos demais talheres... oxalá o mar não a vergue e consuma... e quando o tédio e a saolidão tomarem conta de mim? deixarei que as asas cresçam e desaparecerei no ar, no fumo daquele paquete que um dia espreitou a linha diáfana do horizonte. (...) por Jorge Pimenta



(...) Era uma galinha magrinha e não uma franga fininha. Era uma galinha muito alta, tão comprida como uma faca e altiva como um garfo. Não era uma franguinha mas sim uma galinha. Uma galinha mulher com forma de colher. (...) por shakermaker





(...) Quanto à galinha, deve andar de colher no bolso à espera que caia o ovo de oiro! (...)
por Poétesse



Força e Leveza - Cíntia Thomé

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 08:23



 Força e Leveza

Que eu saia das cinzas
Que a minha força de amor
remova anos de silêncio
Que cada braço seja a força
desse trabalho
como a fé em mim
saia da areia movediça
volte ao pó
mais leve em minhas costas
remova a montanha, o peso
as cruzes e os sacrifícios
que seja tocada pelo abraço que amo
encontre a leveza
de ser corpo , torrão
no perfume
de ser Gaia



Cíntia Thomé

Ensaios - Arte

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 17:24

 
 
 
 
A ARTE, não existe. Não existe nos termos racionais que queremos defini-la. A Arte, sub – entende que ela é filha de um tempo e de um espaço muito seu. É Eterna, menina, mulher e anciã. Ela, apenas vai nascendo e o artista moldando-se à sua expressão … sem nunca perder a sua força, a sua essência. A Arte é indissociável da Criação. Definir Criação é corromper a própria força da gestação. Sempre que começamos a querer definições, entramos no campo da falta de comunicação.
Criar e gerar é despertar e, nesse sentido não nos podemos ater a definições rígidas e racionais. Tudo o que é definido, não é Arte. O definito/definido está limitado, falta-lhe uma asa ou uma dimensão para além de...!! A arte para ser Arte, tem de ter obviamente as duas asas. Porque é o voo que permite fazer sobressair a sua expressão sem estigmatizá-la.
Uma linha num plano vazio, com uma determinada configuração pode despertar todo um sentido de nascimento que não estávamos à espera. E isso é Arte, provavelmente. Está ali e expressa-se e não se sabe como. Apenas acontece! Não é domável e não é parente do excesso de razão. É sabido que o academismo mata a Arte. Corta-se a fonte, embora não queira dizer que não ofereça uma grande bagagem intelectual cheia de ismos, nicas, éticas, logias. Concerteza que a maioria dos artistas, os verdadeiros, cuja chama sopra mais alto, levaram uma vida para encontrarem a ‘’criança’’ dentro de si, aquela que permite criar por fora de tudo e contra tudo. Anseiam a morte do academismo, que é o excesso de razão e de automatismos e ‘formatismos’. Porque nele, há algo que falha redondamente, que é o respeito pela individualidade e capacidade de cada um. O verdadeiro Artista é adverso ao rebanho.

Para criarmos, temos de encontrar o nosso próprio espaço. Um espaço interno, ausente dos e de outros. Porque a Arte, implica ir a lugares onde não se vai. É um diálogo com a Vida, o Universo – Deus. Por isso muitas vezes criar, entrar em contacto com a própria essência é um desafio e que pode assustar em determinadas fases até ao surgir da Obra num todo que lhe é próprio. A Arte não tem regras, as regras que o homem estipula como faz com as Leis.

NãoSouEuéaOutra in  ‘’ensaios sobre a Arte… uma mão no pensamento e o resto na emoção’’



As Verdades

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , | Posted on 10:11


"E eu não resistirei à tentação de citar Robert Graves, de todos os poetas o mais apaixonado da Deusa Branca:

“Vão me objectar que a pretensão do homem à divindade é tão válida como a da mulher. Mas isso não é verdade senão de um certo modo: um homem não pode ser divino senão em parceria com um gémeo, mas ele não o pode ser na sua pessoa única. Como Osíris, o espírito do ano crescente, ele é ciumento do seu gémeo pendente, Seth, o espírito do ano decrescente e vice-versa: ele não pode ser os dois ao mesmo tempo salvo por um esforço intelectual que destrói a sua humanidade, e nisso reside o erro fundamental dos cultos apolínios (de apolo) ou jehowistes (de jeová). O homem não é senão um demi-deus: ele tem sempre um pé ou outro na tumba. A mulher é divina porque ela sempre pode ter os dois pés num mesmo teatro: ou bem que no céu, assim como no mundo subterrâneo, ou sobre a terra.
(…)
A mulher adora o macho criança, não o macho adulto. A evidência da sua divindade é que o homem depende dela para viver, tão simplesmente como isso."

In LA DÉESSE SAUVAGE de Joelle de Gavelaine 


Retirado de Mulheres e Deusas

Este Secretismo Daltónico

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 09:37

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