Eagle

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 19:05



«após imensos estragos e,  finalmente a minha morte repentina... renasci Águia. Nem reconheci o meu novo Rosto. Nunca pensei que fosse uma Ave Real. Chorei por dias e noites no cimo da falésia. Tinha-me esquecido completamente!! Um esquecimento tão grande, que não me admira que a morte tivesse-me levado e, depois,  trazido novamente.»

NãoSouEuéaOutra in « Do meu esquecimento... »

Concubine Fly

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 17:55



« A Mosca mora ao lado... ela dança semi - nua. Depilou-se como essas concubinas da Rua do Sado, no quarteirão da Vila Sacode o Pó que Cá Eu não Posso. À conta de fazer passeata, nasceu-lhe um calo que virou verruga. Todos os dias, tenta estripá-la com uma fina gilete, encomendada expressamente do Japão, para Moscas como ela, de características inconvenientes. A beleza nela, é agressiva e imponente... dizem que faz os estragos provocando o bem!! As estruturas caem... uma a uma, como os seus pêlos que lhe vestem o corpo e, no fim é a beleza de uma pele lisa e majestosa cuja dança nasce de um fogo de estrelas que se acaba por se revelar, para espanto de quem nunca olhou seriamente. »

NãoSouEuéaOutra in « Na Miragem de uma Alegoria »

História da Mulher. Who´s a Women?

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , | Posted on 15:42

A História da Mulher na Filosofia
  
Por Miriam Ilza Santana


A importância social das mulheres enquanto seres que pensam foi e permanece sendo um desafio para que haja um equilíbrio no relacionamento homem/mulher.

Na grade curricular escolar ou universitária pouco se nota a participação de mulheres que tenham se notabilizado como filósofas.

Na maioria das pesquisas realizadas falta uma alusão a respeito de dados sobre a vida e obras de pensadoras, o que nos leva a concluir que há uma certa depreciação em relação ao trabalho científico das mulheres na vida acadêmica e sua atuação na história da constituição da sabedoria.

Com base em tal afirmação pode-se afirmar que a mulher sempre foi bastante discriminada no meio pensante.

A mitologia grega destaca as mulheres representando-as na figura de suas deusas: Ártemis, Atena, Afrodite, Deméter, Hera, Perséfone, Pandora e Gaia, ainda que a inteligência e o pensamento sejam simbolizados pela deusa Minerva (variante latina da deusa Atena), é importante realçar que esta veio ao mundo não através do corpo de sua mãe e sim da cabeça de seu pai, Zeus, o que evidencia desde o início que a mulher já não tinha nenhum valor.

Para a história combinar idéias, formar pensamentos, sempre foi julgado um direito pertinente aos homens, mas mesmo com tanta discriminação as mulheres conseguiram garantir uma pequena participação das mulheres na vida acadêmica.

Um dos poucos apontamentos históricos sobre o assunto foi a criação de um núcleo de formação intelectual somente para mulheres, educandário fundado por Safo, poetisa de Lesbos que nasceu em 625 a.C.

O pensamento que vigorava é o de que as mulheres somente tinham direito a um corpo e uma mente, porém não os dois ao mesmo tempo, pois desta forma a mulher nunca poderia gerar a razão.

- Na visão de Pitágoras a mulher era vista como um ser que se originou das trevas;

- Platão já detinha um pensamento diverso, as mulheres eram tão capazes de administrar quanto o homem, pois para ele quem governa tinha a obrigação de gerir a cidade-Estado se utilizando da razão e para Platão as mulheres detinham a mesma razão que os homens;

- Aristóteles via a mulher como um homem não completo, para ele todas as características herdadas pela criança já estavam presentes no sêmen do pai, cabendo a mulher somente a função de abrigar e fazer brotar o fruto que vinha do homem, idéia esta aceita e propagada na Idade Média;

- Para São Tomás de Aquino uma vez a mulher tendo sido moldada a partir das costelas de um homem sua alma tinha a mesma importância que a do homem, para ele no céu predomina igualdade de direitos entre os sexos, pois assim que se abandona o corpo desaparecem as diferenças de sexo passando a ser tudo uma coisa só.

- Para Hegel a altercação existente entre um homem e uma mulher é igual a que há entre um animal e uma planta, sendo que o animal se identifica mais com o jeito do homem e a planta se molda mais conforme o aspecto da mulher, pois seu progresso é mais pacato, deixando-se levar mais pelo sentimentalismo, se estiverem no comando o Estado corre perigo pois, segundo ele, elas não atuam de acordo com as exigências do agrupamento de pessoas que estão governando e sim conforme seu estado de espírito.

Todavia, embora a discriminação sofrida pelas mulheres no caminho da filosofia é notável que, ao longo da história da filosofia, certas mulheres se enfatizaram como criaturas humanas que procuraram pela sabedoria e trilharam os passos da ciência. No século XX há uma evidência especial a algumas filósofas importantes. Dentre elas, podemos citar Hannah Arendt, Simone Weil, Edith Stein, Mari Zambrano e Rosa Luxemburgo. Estas mulheres, contestando a ordem patriarcal de sua época, tornaram-se filósofas admiráveisl e, sem dúvida, colaboraram terminantemente para a constituição do conhecimento.

Diante deste quadro apresentado, pode-se afiançar que a inferioridade da mulher é tida como um tanto natural e invariável. Este espectro do “feminino” esteve presente na história da filosofia e permanece como um combate singular para as mulheres filósofas. Enquanto ser humano, a mulher é dotada de razão, mas o uso íntegro e apropriado ainda é privativo do ser masculino.

Fontes
http://hysterocracya.blogspot.com/ 2007/01/mulher-e-filosofia.html
http://www.espacoacademico.com.br/058/58andrioli_liria.htm

(source)

Ser Humano - Human Be

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 13:51


[TEXTO MUITO BREVE SOBRE A DEFINIÇÃO DE "HUMANO"]

Esboço filosófico - o que é ser humano? 

 


O que é o ser humano?
A pergunta sobre o que seja isto de "humano" é muito antiga. Já os clássicos a colocavam e procuraram encontrar-lhe respostas.
Todos nós supomos ter uma ideia mais ou menos clara sobre aquilo que é o humano. E podemos facilmente fornecer pistas ou mesmo uma ou outra definição mais ou menos complexa.
Contudo, se começamos a pensar no assunto ele enrola-se, torce-se e retorce-se, redobra-se, embrulha-se e vão-se-nos as certezas por terra.
Mas a questão é difícil não só pelo aspecto mais evidente, o de que é difícil e complexo definir o humano, mas também porque nos é difícil perceber o que significa "definir", sobretudo quando aplicado ao ser "humano".
Porque à medida que fazemos caminho na indagação, percebemos que, para definir o "humano", nos exigimos escavações anormalmente árduas, que não seriam necessárias para definir uma galinha.
Normalmente, uma definição faz-se pela indicação do género e a junção da diferença específica. Dizendo de uma forma fácil, uma definição faz-se indicando a diferença que distingue um tipo específico (uma espécie) dos demais tipos do mesmo género. Esta forma de definição é conhecida pelo seu criador, Aristóteles, e chamada aristotélica. Mas há uma exigência nela que é muito importante: ela deve indicar a característica limitadora, essencial, fundamental, daquilo que é o ente que pretendemos definir.
Ora, há muitos tipos de definição e não cabe neste pequeno esboço considerá-las todas. Mas devemos ter em mente que uma definição deve convir ao definido e mais nada que ao definido. Ou seja, quando definimos um determinado segmento da realidade devemos fornecer uma definição tal que esta envolva todos os entes desse segmento, mas não represente nenhum ente que não pertença a esse mesmo segmento. Se eu defino o que é "mamífero", então a definição apresentada deve contemplar todos os mamíferos (não deve existir nenhum mamífero que não seja compreendido por ela), sem contemplar algum ente que não seja mamífero.
Se eu disser que "os mamíferos são animais com cabeça", então estou a dar uma definição demasiado abrangente, pois há animais que têm cabeça mas não são mamíferos. Isto significa também que o "ter cabeça" não é uma característica específica dos mamíferos. Notar que a definição, propriamente dita, é "animal sem cabeça", pois a asserção "um mamífero é um animal com cabeça" já é uma proposição e enuncia um juízo, a saber, a de que os mamíferos têm cabeça.
Se eu disser que "os mamíferos são animais vivíparos", estou a dar uma definição que não é suficiente, pois o ornitorrinco é um mamífero, mas não é vivíparo.
Não interessa que aquilo que escapa à definição seja raro - se a definição deixa escapar algo, ou se, pelo contrário, envolve algo que não deveria, seja muito ou pouco, então não é uma boa definição.
Uma definição comentada desde os tempos antigos é de que "o homem é um animal bípede sem penas". É fácil mostrar que esta definição não é própria, pois há animais bípedes implumes e que não são humanos. Diógenes, de forma bem cínica, terá mesmo depenado uma galinha exibindo-a dizendo: "eis o humano".
Mas, apesar de tudo, o que é fundamentalmente insuficiente é a capacidade de tal definição para limitar, para dar os limites daquilo que faz de um ente ser humano. De facto, mesmo que não existissem cangurus, nem galinhas depenadas, a verdade é que não se poderia dizer ainda assim que o humano é "um animal bípede sem penas". É que podemos imaginar muito facilmente que um animal fosse bípede, não tivesse penas, e não fosse humano. Ser humano não tem nada que ver com ter ou não penas.
Na verdade, quando procuramos a definição de humano, pelo menos de um ponto de vista filosóffico, não procuramos apenas uma característica entre outras que, pela força do acaso ou da necessidade, tenha calhado apenas ao humano. Não. Para definirmos o ornitorrinco indicaríamos apenas uma característica física específica dessa espécie, distintiva face a todos os restantes animais. Mas sobre o humano queremos saber o que é isso que significa ser-se humano. Não queremos apenas saber a diferença entre o corpo humano e o corpo do ornitorrinco, e é fundamentalmente isto que nos força a escavar mais quando se trata de definirmos o ser humano.
Todos nós concordamos que o humano é um animal. Mas o que faz do humano um animal diferente dos outros? Sabendo o que difere entre o humano e os restantes animais, resta ainda saber o que é que, sendo característica específica do humano, faz dele ser o que ele é enquanto humano. Não imaginamos que um ente fisicamente igual aos homens seja humano apenas pela igualdade física - pois não? Podemos muito bem imaginar um mundo onde os entes fisicamente idênticos aos homens que conhecemos não fossem humanos. Ou basta-nos que seja fisicamente homem para o considerarmos humano? Com um cão podemos dizer que sim. Mas a "humanidade", ou seja, essa característica que faz de um ente um humano, não é algo de físico, nem de biológico (a respeito disto recomenda-se a leitura de fábulas, bem como das Viagens de Gulliver, particularmente o país dos Houyhnhnms).
Então é disto que andamos à procura, ou é sobretudo disto: "o que faz de um ente ser humano?"
A definição mais conhecida é, suponho, a de "animal racional". Ora, esta definição tem muitas limitações, muitas falhas, mas isso não significa que seja tão má como também muitas vezes se supõe. Contudo, levanta muitos problemas, não só porque parece simplesmente adiar o problema para a definição de "racional" - pois o que é isso de ser racional? - mas ainda porque não é óbvio que a racionalidade seja essa tal característica essencial que faz de um ser um humano, ou que ela seja apenas uma consequência, ou ainda, que ela seja apenas uma coincidência. Não vamos abordar as questões mais importantes em torno desta definição, notamos apenas algumas das suas dificuldades mais fáceis: não seria possível ser-se humano sem racionalidade?; e, não sendo, não poderá acontecer que a racionalidade seja apenas uma consequência do ser-se humano, sem ser ela mesma a essência daquilo que é ser humano?; ou não poderá ser o caso de que ser racional seja uma condição sine qua non (sem a qual) não se pode ser humano, mas não uma condição suficiente para se ser humano?
O facto de todos os humanos serem isto ou aquilo, e mais nenhum ente ser isso, não significa que se encontrou a essência do ser humano (ou como quer que lhe chamemos).
Se encontrássemos outros seres racionais no Universo eles seriam necessariamente humanos?
Afinal, o que é que faz do macaco sem pêlo um ser humano?

via aqui 




O SER HUMANO ENQUANTO HOMEM E MULHER

"Ser homem e ser mulher não são acidentes do ser humano, senão que pertence inseparavelmente a sua essência". 
(E. Metzke)

UMA PEQUENA INTRODUÇÃO

O presente trabalho em que vou apresentar pretende discutir antropologicamente o ser humano enquanto homem e mulher. Minha intenção foi elaborar um texto eficiente ao ensino e ao meu aprendizado e, portanto, bastante claro e simples. O ser humano enquanto homem e mulher são bastante discutidos na sociedade, principalmente no campo dos direitos, da discriminação e nas leis trabalhistas. Contudo, homem e mulher necessitam um do outro, pois ambos se completam. Haja vista que, um foi criado para o outro.

RASCUNHO DO SER HOMEM E MULHER

  Estamos vivendo uma época na qual está questão do ser humano enquanto homem e mulher são bastante discutidos principalmente no campo dos direitos e deveres. "O fato da natureza que determina a existência da mulher era interpretado, na antiguidade e na idade média, como inferioridade da mulher no campo cultural". Em algumas culturas os homens são verdadeiros agentes, ao contrário da mulher que não são mais que uns sacos em que se criam as crianças. "O homem projeta e transforma o mundo; a mulher guarda a vida".  Simone de Beauvoir "reivindica para as mulheres as mesmas profissões e funções que exercem os homens na sociedade, sem nenhuma forma de discriminação entre os sexos". Por sua vez, a filósofa alemã Edith Stein dizia que não há profissão ou função que a mulher não possa exercer.  A mulher pode exercer qualquer atividade com toda sua capacidade e de igual valor e direito ao homem. "Antes de ser sexo diverso, a mulher é pessoa livre que se projeta a si mesma no mundo. E nisto é radicalmente igual ao homem". (R. Simom. Citado do livro "El problema del hombre". Gevaert. p.110).

  Nos paises islâmicos, de orientação xiita as mulheres mal podem mostrar o rosto em público. Nesses paises islâmicos "o adultério é uma contravenção grave que pode ser punida com morte ou longos anos de prisão". O amor sem dúvida deve ser o eixo central na relação dos cônjuges, tornando assim uma relação mais sólida e madura. "O encontro dos sexos em um nível de igualdade plena será unicamente o encontro dos libertados".  Homem e mulher são intrinsecamente iguais em direitos e deveres, portanto deve existir o respeito e a consideração mútua entre si. "O fato é que só as pessoas que, alguma vez, foram livres, dão valor à liberdade. Também só as pessoas livres respeitam a liberdade dos outros: quando e onde a mulher soube o que é ser livre? Terá havido mesmo uma antropologia matriarcal?" (Mulher: Objeto de cama e mesa. Heloneida Studuart, p.20) ou a complementação do homem e da mulher fica restringida somente a procriação?

O SER HOMEM E MULHER

  Para estabelecer a polaridade primária como atividade da base fisiológica do sexo considere o homem como: Abstrato, Projeta e transforma o mundo, racional, razão e a mulher como: Passiva, concreta, conserva a vida, sentimental. Todavia, "O homem está orientado para as coisas a mulher para as pessoas". O autor Roque de B. Laraia descreve que "a espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes sejam determinadas biologicamente. A antropologia tem demonstrado que muitas das atividades atribuídas às mulheres em uma cultura podem ser atribuídas aos homens em outra" (Cultura: um conceito antropológico, p.19.)
  Um foi feito para o outro, o homem completa a mulher e vice-versa. "De todas as formas o homem e a mulher se encontram em um projeto existencial diverso, isto é, em um diverso modo de estar no mundo". O comunismo prega a igualdade social e econômica entre homem e mulher. "Os direitos e as prestações dos homens e das mulheres têm que ser iguais". Contudo, o homem é vítima da violência na esfera pública, e a violência contra a mulher é perpetuada no campo doméstico, onde o agressor é mais freqüentemente, o próprio parceiro. A referência fundamental da construção social do gênero masculino é sua atividade na esfera pública. Enquanto nestas mesmas sociedades, atualmente, as mulheres estão maciçamente presentes na força de trabalho e no mundo público, a distribuição social da violência reflete a tradicional divisão do espaço; homens e mulheres como seres radicalmente diferentes.

O ser homem ou mulher caracteriza também necessariamente o aspecto do corpo. R. Simom, o.c., 396 observa: "O ser da mulher, condicionado por seu corpo como o do homem, não é jamais um ser semelhante feito, senão um ser que se faz continuamente a maneira de assumir a mulher às condições de sua existência e de contribuir para evolução das condições inumanas que são impostas quanto muito mais que a fisiologia e a psicologia". Em um nível psicológico há indiscutivelmente ressonâncias e caracterizações diversas entre o homem e a mulher. "Também as características psicológicas são consideradas amplamente como um dado de natureza". O homem se forma como homem frente à mulher e a mulher se forma como mulher frente ao homem; há aqui uma dupla relação. Portanto, "ser homem e ser mulher não são acidentes do ser humano, senão que pertence inseparavelmente a sua essência". (E. Metzke, a.c, 38-39). O ser humano é sexuado por inteiro e não somente por órgãos genitais.

O ENCONTRO ENTRE HOMEM E MULHER

  Entende-se que esse encontro entre homem e mulher se dá no relacionamento de ambos; um é necessário para a complementação do outro. "Não é a sexualidade que nos faz inventar o amor, senão o amor que nos revela a natureza da sexualidade" (A. Jeannière. Citado do livro: "El problema del hombre". Gevaert. p.114). É importante e necessário procurar as possíveis qualidades humanas continuadas na organização homem-mulher. "Quando o homem, pasmado e admirado nos confrontos da realidade que vive e que é, a assumir com profundidade, exercitando ali uma reflexão sistemática, então nos encontramos diante da antropologia filosófica" (Dizer homem hoje: novos caminhos da antropologia filosófica. p. 36).
  As diferenças entre os seres humanos são igualmente importantes. Um exemplo é que o homem em geral é mais abstrato e por outro lado à mulher já é mais concreta. O homem é mais racional e a mulher é mais sentimental. Porém, a mesma característica que se atribui ao homem pode atribuir-se à mulher. Mas isso pode sofrer uma mudança de acordo com a carga cultural de cada povo. Pois como diz o autor Roque de B. Laraia: "o homem e a mulher é o resultado do meio cultural em que foi socializado", pois, "cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra". Portanto, o homem e a mulher são formados pela cultura e pela sociedade em que vivem, ou seja, "homem e mulher são produtos do meio em que vivem".
  Vivemos em uma sociedade pós-moderna em que o marido muitas das vezes não quer viver 'o tempo todo' ao lado de sua mulher. "Freqüentemente, os dois nada têm em comum, salvo a sua rotinizada vida sexual". Portanto, Mais uma vez sem dúvida o amor deve ser o eixo central na relação dos cônjuges. Mesmo com todos esses maus tratamentos da mulher por parte de seu parceiro Heloneida Studuart descreve: "Hitler teve total e unânime apoio das mulheres, na edificação do III Reich. E ele achava que a mulher não devia passar de procriadora, de mães de soldados. Esse ainda é o ideal secreto de muitas sociedades reacionárias. E a cumplicidade que muitas mulheres revelam diante desse programa demonstra o medo que elas têm da liberdade. Pois toda liberdade traz o risco da responsabilidade e da atuação" (Mulher: objeto de cama e mesa. p. 20).  No relacionamento a mulher não espera só existência vegetativa, procriadora, e ainda muitas vezes de mera empregada de seu parceiro, mas deseja integrar-se a vida do homem, "ser com ele uma única pessoa". No casamento não é cada um ter sua vida, mas ambos devem está essencialmente unidos, como diz a bíblia "um só corpo e uma só carne".
  O significado entre homem e mulher está essencialmente na relação entre pessoas. Ou seja, no encontro pessoal entre seres encarnados. "Um homem é verdadeiramente homem (no sentido humano) quando está frente a uma mulher, e a mulher é verdadeiramente mulher (no sentido humano) quando está frente ao homem" (A. Jeannière. Citado do livro: "El problema del hombre". Gevaert, p. 113). Na reciprocidade, ou seja, cara a cara corporalmente e psicologicamente. Entende-se que esse encontro entre homem e mulher se dá no relacionamento recíproco de ambos, um é necessário na complementação do outro. Nesta forma de ser para o outro o homem e a mulher criam uma relação interpessoal. O homem frente à mulher cara a cara ou vice-versa; um se reconhece no outro como pessoa, sendo que, ambos é reconhecido como tal pelo outro.    

SEXUALIDADE E RELAÇÃO INTERPESSOAL

  "A sexualidade pertence de modo específico à fecundidade". A fecundidade reveste a nível humano uma dimensão interpessoal entre o homem e a mulher. Estabelece uma vivência de diálogo com um novo ser, um relacionamento recíproco como homem e mulher. Neste encontro interpessoal é onde se manifesta a possibilidade humana. A estrutura homem e mulher são a que mais "expressa e manifesta o ser humano em sua natureza interpessoal". Homem e mulher: um não é mais que o outro. "Isso é o que traduz fundamentalmente a sexualidade". Na relação de fazer-se para o outro, a pessoa revela-se a si "mesma como homem ou mulher". Pois a sexualidade em sua particularidade humana se da unicamente nas relações entre pessoas que se reconhecem uns aos outros como tal, como seres humanos formados para o diálogo e para os contatos sociais.
  A mulher é mais preocupada com os valores do mundo e sua conservação, é mais gratuita e é mais ética e amorosa em suas relações. Por outro lado, o homem vive preocupado com seus projetos e suas metas a alcançar, com suas relações públicas; sua ética é o dever. Entretanto, o homem transforma o mundo e domina-o, a mulher por sua vez tem seu "projeto existencial". A sexualidade não deve ser somente de uma dimensão corporal, mas deve ser também social. "A mulher não é em primeiro lugar uma pessoa humana, senão seu sexo". O amor na relação conjugal ajuda e contribui para uma relação mais segura e duradoura, não tornando a mulher num objeto de cama e mesa. "O amor é a norma suprema que determina a duração do matrimônio e das relações sociais" (J. Gevaert, El probrema del hombre, pp. 108-109). A educação dos filhos está relacionada diretamente em boa parte com a sociedade, com os meio onde estes indivíduos habitam. "Não se nasce mulher; faz-se". É a sociedade que define a pessoa h
 umana, o homem torna-se produto da sociedade em que vive. Somente através dos outros indivíduos o homem pode reconhecer-se como tal. Como fala o princípio sartriano: "Cada homem é tal como vê o outro" (citado por: J. Gevaert, El probrema del hombre, p. 113).
  Com a dimensão interpessoal e corpórea e a expressão de afeto e amor; o homem e a mulher podem descobrir a própria sexualidade. Está descoberta se dá através da história, das diversas formas de cultura, de forma inerente à mesma sexualidade e com o compromisso humano. "... é preciso buscar as possibilidades humanas contidas na estrutura homem-mulher". Para haver uma relação recíproca e duradoura no matrimônio, acredito que, é necessário uma autêntica convivência de amor, respeito, carinho e doação. Haja vista que, o amor é essencial para viver bem. Quero concluir este parágrafo da sexualidade fazendo uma referência de Juvenal Anduini em que ele descreve: "Ao defender-se da acusação de "pansexualismo", Freud explica que o amor não é apenas sexual, porque Eros se espalha pela personalidade toda. O amor entranha-se na existência humana. Arrancá-lo, seria arrancar a vida das pessoas". E como diz Saint-Exupéri o amor é essencial para a vida.


Nilton Gonçalves Menezes
Graduado em Filosofia pelo IFAMA - Paraná e Locutor


REFERÊNCIAS:
JOSEPH, Gevaert. El problema del hombre. Introdución a la Antropología filosófica. Ediciones Sígueme, Salamanca, 1997. Undecima edicion.
BARROS, Laraia de. Roque. Cultura: um conceito antropológico. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1988, 3ª edição.
HELONEIDA, Studuart. Mulher: objeto de cama e mesa. Editora Vozes, 1993, 23ª edição.
 NUNZIO, Galantino. Dizer homem hoje: novos caminhos da antropologia filosófica. Paulus, São Paulo, 2003. Tradução: Roque Frangiotti.                                                                                     
ANDRUINI, Juvenal. Antropologia: ousar para reinventar a humanidade. São Paulo, Paulus: 2002, 2ª edição, p.115.

Por, Nilton Gonçalves Menezes.
Via Aqui

Devaneios

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 19:46




Pessoas, preciso voltar a escrever. Escrever mesmo!! Conto, prosa, história, poesia, psicologia humanista... não sei, qualquer coisa é-me válida, desde que possa escrever. Tenho tanta coisa para vos contar... desde o mais fundo do submundo ao mais elevado dos céus... e sempre com o abismo a olhar para mim e eu para ele, e tocar esta cítara que pode mergulhar num novo mundo!! Estão tantos ovos à espera de serem chocados; tantas larvas à espera de virarem borboletas... 
Preciso de uma nova forma de escrever!!! Será que Marguerite Duras, Al Berto, Fernando Pessoa, Anjos, Vida... algo bem acima do palco pudesse ajudar? Hey, alguém por aí?




«Não é que, o Moço, acabou por comprar a Cabra e o Saco de Farinha de 50 quilos!!...» - veja a crónica dentro em breve.


Sombra Alheia

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 17:59







Década de 90. Pediu-lhe que,  comprasse uma Cabra viva e um saco de Farinha de 50 quilos. O moço, tinha tudo, ou, quase tudo. Porquê aquelas compras?


NãoSouEuéaOutra in '' Na Rota Mortal da Sombra Alheia ''


marte e neptuno, numa casa 3 (comunicação), são bem chatinhos... entre o amargo e o doce; entre a coragem e o devaneio; entre a força e a inspiração; entre a agressividade e a doçura... ambos gostam de escrever, um entre o mágico e o outro o horror; um é impulsivo e o outro, é disperso; um é fogo e o outro é água.

Sacrifice

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 17:28




Sacrifício.... 

não, não irei falar do Sacro - ofício



ORANGE - Word

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , | Posted on 12:25


  Abre-se a Boca na Laranja e vai ao Botão  
 
Género: Escrita Criativa
Autora: NãoSouEuéaOutra
2008


"Se faz favor, dê-me um Gomo dessa laranja. Adocicada, se faz favor!!."

  

Tanto faz, oh Poeta, que sejam de cor Laranja os ventos e, os trapos que à janela penduras em tempos de sol arrasador. Sabes que o poema é todo Laranja, aparentemente, que às tantas já nem sabes se é o poema que é ou se és tu, a Laranja. Assim, Laranja Laranja Laranja Laranja Laranja… redonda redondinha redondíssima!!! Do Céu – azul azulinho azulão e por fim azuladíssimo ignoras tudo, somente o centro da Laranja é que não escorrega dessa fuga de não saber…

Cantam as Velhas Bruxas de além-mar partido quebrado ferido, que o coração é uma imensa Tarte de Laranja. Nem sempre adocicada!! Mas que ainda assim, gritam elas, vale apena aproveitar, porque o açúcar sempre é possível de ser fabricado!! Uma laranja, declamam Elas em soneto, é que não se pode fabricar!! Poeta da Laranja, observa e ouve bem o que estas Bruxas, mais Velhas que velhas e ousadas, da experiência dizem. Concerteza que – pois não há a duvidar – elas sabem quantas Laranjas em seu tempo ousaram levar à boca. Se dizem que a laranja não pode ser fabricada, mas o açúcar se pode, então, oh Poeta mais que Alto e Laranja, faz do poema a cozinha do açúcar e ensina a fabricá-lo, que aqui a mais terrena mortal que eu sou, predisponho-me a seguir-te.

Concerteza, oh Poeta, que há Botões e botões. Mas como os Gomos da Laranja não há nenhum. A diferença entre um Botão e uma Laranja, é que uma oferece sumo. É isso!!! Quanto àquele, o Botão… é um Botão que ali está, e às vezes não é só um… estão cheios de pólos negativos e positivos. Mas sabes, oh Poeta, sobre esses queria dizer-te algo importante, pertencem à tua máquina mental… Tens um cérebro cheio de Botões. Uns avariados e outros funcionando como autómatos, e, outros completamente controlados pela tua razão e na pior das hipóteses controlados pelo que te disseram e que tomaste como verdade.
Muitas vezes, vêem a Laranja, alguns… mas pouco reconhecem a Laranja, a Laranja Laranja Laranja. Embora, adorem dissertar sobre a mesma como autênticos vigários a vender a fé sem a ter, tem a certeza que jamais algum te ensinará a fazer o tal açúcar. Corrói-lhes a Inveja e o vicio do Poder. Contudo, acredita que, serão hábeis em venderem-te Botões cheios de pólos assados e cozidos em diversos fogões, e,  nas mais variadas cores, feitios, estruturas… Por isso, oh Poeta, atêm-te ao que te digo, esquece a fábrica de Botões e mergulha na Laranja. A Criatividade nunca esteve nos Botões, apenas na Laranja e no centro da Laranja

Alone ALONEEEEE

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 14:39

Tilda Swinton

" – solidões imperfeitas – "


Género: Poesia/escrita criativa

Autora:  NãoSouEuéaOutra

escrito a, 6 de outubro de 2008
  
 
«As estradas são estreitas,
Os caminhos são longos
E o tempo será sempre curto.»


… Os dedos são surdos à essência da água
O concavo da mão, também…
As linhas que a atravessam
São como regatos, despejam-na.

Não há homem que sobreviva
Se não vencer a si mesmo,
Como não há mulher que sobreviva
Se não amar a si mesma.

A existência tem estes dois pólos,
Interpenetram-se, mas estão sempre sozinhos
E a viagem, termina-se lá onde a morte acolhe
Para a vida que não se sabe, uni-los …


 ……


Neste mundo andamos como loucos, embora garantimos a quem nos ouça, que não é verdade. Somos os seres mais solitários à superfície da terra. Dizem que nascemos sozinhos, e que daqui partiremos sozinhos. Mas nesta existência, fazemos daqueles que nos rodeiam a nossa âncora para nos salvarmos dessa solidão lenta que cresce na nervura das nossas profundezas, para que sejamos compensados naquele momento crucial onde não nos valerá qualquer companhia. Porventura, a velha Senhora sentada na soleira da sua porta diria: «Quanta solidão está adormecida nos nossos corações e que não ousamos ouvir.» Concordo com ela! Há um lugar dentro de nós que nunca pode ser saciado por nenhuma alma humana, e entre nós, há quem veja esse lugar e sabe que aí ninguém pode chegar e muito menos nada de concreto, realizável materialmente pode acalentar. Não é um lugar com estofos de veludo ou com plumas; antes é um lugar árido, frio que precisa de ser alimentado por algo que não tem nome.

Preferimos quase todos nós, viver à superfície. Contemplar somente o botão da rosa. É muito mais fácil, do que darmos ao trabalho de conhecer a raiz que é o lugar de onde parte a rosa. O segredo da rosa está na raiz, diz a velha Senhora. Para conhecer a raiz é preciso chafurdar no húmus da terra, é preciso descer ao subterrâneo e estudar a estrutura que lhe dá origem. Um fotógrafo, por exemplo, interessa-lhe a obra já feita, o esplendor da rosa, mas nunca questiona a raiz e nem a fotografa. É feia, é nojenta. Ninguém quer ver o sujo, que afinal é a quinta-essência onde a obra acontece. A rosa é só a parca ilusão da maravilha que antecedeu e que ninguém percebeu. Grande é o sábio que antes de apreciar a rosa, aprecia a sua raiz. A verdadeira beleza está contida nos bastidores, e é lá que deve permanecer e somente se deve oferecer ao mundo um pequeno espirro de perfume. Porque tudo o que é belo, fere os olhos e por norma os homens ambicionam possui-la ao primeiro vislumbre e por isso matam. Porque todos cortam a mais bela rosa de um manto de jardins? Porque ninguém se atreve arrancar a raiz e, semeá-la no seu próprio jardim e ignorar a rosa? Uma rosa arrancada, tem a duração de um segundo e a felicidade é tão imperfeita que se desfaz. O homem para sentir a felicidade, rouba-a à rosa e porque não consegue contemplar e nem perceber o verdadeiro segredo da rosa, morre com ela. Ele não entende que de uma rosa, não nasce outra rosa, mas alimenta-se da ilusão que sim. A riqueza do ouro, não está no ouro, mas sim na terra que o gera; mais uma vez o homem fica seduzido e possuído pelo brilho e tenta destruir, neste caso a terra… maltratando-a com a sua avidez que geralmente é sempre avara. Nunca produz nada!!! Pepita de ouro, rosa de aroma… duas metáforas, dois níveis e o homem sempre se desviando da sua grandeza pela avareza. Daí, a estrada é estreita e o caminho é longo.

/ – / Não me confundam como uma louca ao escrever isto. E, desculpem-me, mas não sei escrever como esses eruditos que tudo sabem e tudo entendem. Eu, apenas sei o que ouço nos embrulhaditos do meu cérebro e raras vezes questiono o que por ali ouço. Costumo dizer que sou apenas instrumento imperfeito de uma trovada de hemisféricos.  / – /


Alguns comentários à época do texto:

Não é louca não Ninha… você é realista demais…já estamos ficando mesmo cansados de ver as coisas feitas, somos acomodados, não escarafunchamos o fundo do poço para pesquisar de onde chegam-nos as bactérias…temos na mente somente a corrida do tempo, estamos nos esquecendo da beleza interior, das realidades internas….
Infelizmente…
É realmente dolorosa essa realidade….
Vc vê onde não alcançamos…sua mente se abre ao léu e capta fatos dentro da sua nata inteligência…
Belo..ninha;……mas doloroso…..
Ma


A beleza está nos líquidos, finos, densos, entranhas…
O Amor brota vigoroso, esplendor
Mas vem a mão do homem
Trincam-se finais belos
A púrpura Rosa apenas deixa a luz
no coração de quem ama e vai…destruída, despetalada, morta…
em carne e ossos…mas Luz….Luz Diamante…Amor…
Cintia



Poetry

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 14:21



"Do Poema Perdido" 


Género: Poesia

Autor: NãoSouEuéaOutra


O Poema nasce nas artérias do coração
E adormece na palma da mão
Assim escrevia o Poeta louco
Na demanda do seu próprio ouro
Sempre que comia carne
O corpo vomitava o verme
E o chumbo contido na carne
Condenava o Poeta no seu germe
Nas escadas da sua casa, adormecia
Num sonho constrangido que nunca amanhecia
O copo de vinho era como uma viagem
Que o conduzia à louca miragem
De um regresso dormente
À sua única casa, a mente
Oh!! Poeta, não esqueças que a nobreza
É ser singelo, ainda que vivas na pobreza
 E que ser da realeza
Nem sempre tem a sua beleza
Limita-te, por isso, a versar o Poema
Porque quem o escreve, a Poesia ama

escrito a, 25 de oOutubro de 2008

Gaia, Urano, Saturno e Zeus e Gaia

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 14:06


(source)
"Como é a História" 


Género: Mitologia

Autora: NãoSouEuéaOutra

 escrito no antigo blog, na data que segue:  21 de Novembro de 2008

Nâo personifico estes deuses, eles são ''entidades'' carregadas de energias.
 
Irrita-me a forma como as mulheres foram tratadas ao longo da história. Irrita-me essa crença que o primeiro homem ter-se-ia chamado Adão e que Eva tenha sido criada da sua costela. A intolerância para com o feminino é monstruosa. Tornaram o feminino, uma espécie de delinquente que só desvirtua a grande comunidade tribal chamada homem. O grande desrespeito para quem o gerou é a amostra da sua grande falta de humanidade perante o feminino.

A mania generalizada de colocarem o homem como criador da vida é nojenta. O homem apenas criou o mundo material; e isto quer dizer que ele criou os órgãos sociais onde se vende, ele criou as tecnologias, ele criou as estruturas físicas das habitações, ele criou as grandes indústrias. Foi ele que na sua arrogância intelectual criou os socialismos, comunismos, fascismos, com o único propósito de dividir o ser humano, forçando-o a pertencer a uma determinada classe ou ideologia politica. Foi ele que criou os grandes impérios da pornografia. Foi ele que criou as religiões. Todas as religiões ocidentais são criadas da cabeça do homem e todas elas dividem o ser humano. Até ao nível das cirurgias plásticas é o homem que está na frente, pois não se vê nenhuma mulher nos meios de comunicação a anunciar-se como cirurgiã plástica. É raríssimo ver uma cirurgiã, isto quer dizer quem em cada 100 homens cirurgiões, estão duas mulheres!! A única “culpa” e que nem sei se poderá ser chamada de culpa, foi o facto de Gaia – o segundo ser primordial a ser criado, porque antes era o Caos e este era indefinido – ter sentido falta de um outro ser ao seu lado, e por isso gerou Urano, o primeiro deus masculino. A mencionar que tanto o Caos como Gaia, geravam por si mesmos. Desta união de Gaia com Urano, foram gerados os 12 Titãs. Seis irmãos e seis irmãs. Os seis titãs foram: Oceanus, Céos, Créos, Hipérion, Jápeto, Cronos. As seis titânides: Febe, Mnemosine, Reia, Témis, Tétis, Téia




Apartir deste acasalamento entre a Terra – Geia ou Gaia e o céu – Urano inicia-se esta descendência que levará à “queda” das leis naturais da harmonia entre os pares opostos, com Cronos a iniciar a guerra, quando com a sua foice oferecida e criada por sua mãe Gaia, castra o pai pela posse do céu estrelado – segundo Hesíodo, Gaia terá pedido a Cronos essa morte -, tornando-se então o senhor e governador de todos os céus. Iniciando assim a segunda geração divina, a linhagem dos Titãs. Este, esposa por sua vez uma irmã, a Réia e com ela tem seis filhos. Segundo a mitologia grega, Réia pariu: Hades, Poseidon, Zeus e Héstia, Deméter, Hera. No entanto, o pavor de Cronos em perder o seu trono, pois ele próprio tinha destronado o seu pai, engolia os filhos todos, à excepção de Zeus. Réia enganou-o enrolando o que seria o filho, em trapos e dentro deles, colocou uma pedra e Cronos ávido e cego pelo poder engoliu não desconfiando. Já o seu pai, Urano que não suportava a feiura dos seus filhos, titãs e gigantes aprisionava-os no Tártaro, já que estes representavam a força “bruta” da natureza, pois eram filhos de Gaia. Talvez pelo facto de Urano não aceitar os filhos gerados com Gaia, esta não gostou daquela depreciação, por esse facto, terá construído a foice para se desfazer do seu marido, através de Cronos.

Ora como diz o ditado, quem sai aos seus, repete as façanhas, e então Zeus cresceu escondido dos olhares do pai Cronos, e quando se formou como homem, resolveu vingar-se. Então, servindo-se de uma figura feminina, Métis – a Prudência – filha do titã Oceano e primeira mulher de Zeus, pediu-lhe uma “receita” mágica para acabar com o pai. Prudência ou Métis com uma poção mágica seduz Cronos e este aceita-a e com ela acaba vomitando os irmãos e irmãs que haveria engolido durante o ataque de fúria para não ser destronado.

Assim acaba surgindo a terceira geração de deuses na mitologia grega, com Zeus a reinar os céus, com Cronos destronado. Daqui pode-se resumir que o medo, a ânsia pelo poder e controle começa com o homem personificado pelo Cronos, ainda que em Urano apenas, ele, não suportava a feiura dos filhos gerados de Gaia e portanto ele apenas negava as forças brutas da natureza e assim por dizer, era apenas uma questão de estética.

Será pela mão de Zeus que entra a primeira figura mulher, inserida numa personagem sedutora em nome da vingança masculina, porque ele sabe que o homem é frágil diante da elegância feminina. O nome Prudência significa que é uma qualidade sublime da inteligência, e que só uma mulher tem a capacidade inata de calcular a estratégia de fazer um homem cair nas suas mãos para atingir os seus fins, mas neste caso ela serve o homem e o seu reino e não as qualidades femininas da natureza. Dir-se-ia que aqui começa o primeiro “abuso” do homem para com a mulher ao utilizar-se desta para atingir fins que por ele próprio não consegue. Há assim portanto uma queda de valores, já que Cronos destronou seu pai Urano com as suas próprias mãos, e Zeus precisou de “usar” uma figura feminina, neste caso a sua primeira esposa, para atingir a sua vingança e deste modo acaba por denegrir por um lado a inteligência feminina, já que esta está ao serviço dele próprio e por outro lado, vemos que a Mulher passa a perder a sua posição matriarcal para estar submetida a uma ordem patriarcal.

Métis casada com Zeus, fica grávida e este ao saber da profecia de Gaia, que seria destronado pelo rebento que crescia na barriga de sua esposa, repete a façanha do seu pai Cronos. Engole a sua própria esposa grávida, que estava em gestação de uma filha, a Atenas. Consegue essa proeza ao instigar Métis para um jogo, em que cada um deve se transformar em um animal diferente. Métis, perde a sua clareza, ou a sua prudência, e transforma-se em mosca e Zeus aproveita a oportunidade e engole-a. Atenas sairá da cabeça do pai Zeus, já adulta com a ajuda de Hefesto. Portanto, uma deusa criada à imagem do homem e que lhe será fiel e logo não trairá a tradição patriarcal. Deste modo, Atenas que seria a herdeira do trono, não será porque é mulher, decisão tomada por Zeus, e assim a mulher começa a perder o seu lugar. Embora, Atenas, represente a inteligência, porque saída da cabeça de Zeus, esta não pode herdar um trono, porque é mulher e porque saída dele, será fiel ao seu pai, e daí Zeus não a ter matado quando ela nasceu da sua cabeça; apesar de todas as qualidades que lhe são inerentes, como patrona dos ofícios, da sabedoria, guerra justa, não é merecedora de um trono, apenas segue a linha de sujeitar-se à linhagem patriarcal.


Resumindo, não é a mulher que é causadora das desgraças, apesar de Gaia ter pedido que Cronos destronasse o seu pai Urano, este concerteza se viu tomado pela fúria louca do medo em relação à perca; e essa perca é acima de tudo em relação ao Poder. Concerteza que ele entendeu erroneamente o pedido de Gaia, e com isso acabou delegando aos seus descendentes o mesmo síndroma de fobia chamado “Medo de perder o Status social ou posição de comando” onde era o Rei, aquele que decide tudo à sua vontade, o Autocrata. Portanto é o homem que gere mal os seus poderes e quando ameaçado vinga-se e cria guerras. Importa saber que, foi Gaia quem delegou o poder, e este ao tê-lo acabou gerando ódios, vinganças, posses; com isto revela imaturidade em governar, já que não respeita os seus descendentes, pois engole-os todos. Talvez se Zeus soubesse que Métis estaria grávida de uma deusa, não a teria engolido, já que o domínio claramente visível do patriarcado, iniciara-se quando Zeus destronou Cronos. Se Zeus não fosse tão ávido por poder, Atenas teria sido a rainha do Olimpo e a história da humanidade, concerteza, teria seguido outro rumo. Cá para mim, a intenção de Gaia era construir uma terra baseada no feminino, veja-se que Urano após ser castrado, e o seu falo e testículos terem caído ao mar, da fecundação do esperma com a espuma nasceu a mais bela mulher, A Deusa do Amor – Afrodite. Quando Zeus engravidou sua primeira mulher, Métis, ela estava grávida de um ser feminino, e que após ter sido engolida por Zeus, Atena acaba sendo parida da sua cabeça. Portanto se Afrodite representa a inteligência do coração, Atena seria então a inteligência da mente, e essas duas deusas seriam o equilíbrio das forças dentro do ser humano, mas que foi cisado, porque Zeus, como se sabe, não a deixou assumir o poder como Governante. A ideia de Gaia teria sido essa, mas o homem ficou cego…

Portanto é injusto continuar a alimentar a imagem maquiavélica da mulher, que ela é a origem de todos os males. Ora, esclarecendo, se ela é a origem de todos os males, qual foi o mal que ela originou? Ter criado Urano!!! Então, o mal se chama Homem, partindo deste princípio, é ele que gera todos os males, como a guerra pelo poder. Isto seria uma base, para que o homem parasse de delegar à mulher todo o mal e olhasse o cisco que carrega no seu olho.


Veja-se, as mulheres dão vassouradas umas nas outras, mas não matam, como os homens!!


Veja-se: Os Construtores da Guerra, pois é assim que os chamo!


  • - Quem traiu Cristo, foi Judas.  Dizem que ele morreu por nós na cruz, por nossos pecados! Por amor de Deus vão comer favas. Ele foi morto, exactamente para que continuássemos cegos!
  • - Quem matou Hipácia de Alexandria, os homens que não toleravam a sua inteligência. A inteligência numa mulher cai sempre mal.
  • - Quem matou Ghandi, foi um Hindu fanático.
  • - Quem matou o homem, que tornou celebre a seguinte expressão: “ I have a dream…”, foi James Earl Ray ou os radicalistas e racistas segundo a opinião de outros. Martin Luther King Jr. não teve tempo para ver o estado em que a sua pátria se transformou, mas concerteza que hoje bate as palmas lá no túmulo pela vitória de Obama. Ou então, todos os negros mortos, encarnaram em Obama, para que a Justiça se faça!
  • - Quem matou Malcom x, o defensor dos direitos humanos, foram 3 homens, que disparam sobre ele.
  • - Quem originou tamanha guerra mundial, foi Hilter. Adolf Hilter, o grande ditador Alemão, o grande líder nazista e dos nazistas e nascido Austríaco; ditou o célebre “Mein Kampf” e a famosa noite das facas longas, onde exterminou os seus rivais… criou o maior assassinato em massa e acabou levando ao Holocausto, e portanto um dos maiores massacres ocorridos na humanidade. 
  • - Quem na idade média exterminou milhares de pessoas à fogueira, foi a igreja comandada por uma legião de bispos, cardiais, frades, padres…
  • - Quem matou John Fitzgerald Kennedy, foi um ex-fuzileiro naval, Lee Harvey Oswald.
  • - Quem matou Eloá Cristina Pimentel, foi Lindemberg Fernandes Alves, por ciúme.
  • - Quem matou Indira Priyadarshini Gandhi, foram dois dos seus guarda – costas. A mulher que previu a sua própria morte.
  • - Quem matou Federico García Lorca, foram os nacionalistas, um tiro na nuca e já está! O corpo atirado aos” porcos”, – uma metáfora – como se fosse larva, peste!
  • - Quem matou Alexandra Feodorovna, – a czarina da Rússia – foram os bolcheviques. Executaram uma família inteira.
  • - Quem matou D. Inês de Castro, «aquela que depois de morta, foi Rainha», foi  o rei D. Afonso IV, que não querendo sujar as suas próprias mãos, convidou Pacheco, Coelho e Gonçalves para praticarem o crime.
Isto são apenas exemplos, há tantos que  seria impossivel colocar aqui. Lembre-se apenas disto, a mitologia revela que eram os homens que engoliam os filhos… recorde-se de Cronos e de Zeus… até o próprio Urano que tinha problemas em assumir os inestéticos filhos gerados de Gaia. Lembre-se quem traíu Cristo e o levou à cruz! 



 

Escrevi este texto, há já algum tempo… acho que no dia em que deixei um comentário na Má, quando ela postou sobre a caixa de Pandora. Portanto, já lá vão umas semanas… Desde aí, tenho escrito prolificamente  e não postei nada do que escrevi!! Até custa a acreditar a quantidade de textos que escrevi e sobre o que escrevi!! 





Copyright – 2008 – Todos os Direitos Reservados

Alguns comentários à época, referente ao texto: 
Pois é, amiga,
E pensar que começou na história do Adãp e Eva…e veio o pecado original que herdamos.
Idade média, mulheres queimadas na fogueira, quando mostravam alguma sabedoria. E pensando bem, não faz muito tempo que começaram a nos dar um pouco de espaço. Não tinhamos direito ao estudo, ao voto…
Mulher \’Amélia\’, submissa.
Mas day by day…evil, devil…whatever, estamos chegando lá l!
Há homens nobres e cafajestes.
Há mulheres insignificantes e dignas.
Colocando na balança,
Não somos melhores ou piores,
Somos iguais.
Bju grande, querida 
Pukka
doloridíssimo ver-nos assim…. despedaçadas….

mas é o que está mesmo acontecendo…. na vida real…connosco!!! 


 

FIRE - Invocation

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 18:38

INVOCAÇÃO

JAY JAY RAM  


 

Leopardos


original photos from:
(source)

Wolve Girl Woman

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , | Posted on 16:54


« neste silêncio das searas,  entre-corto a respiração e salto para o abismo do ser. este grito de coração aberto à procura de mim, corta-me a pele como as espadas dos Samurais; finíssima é a sua lâmina que me decanta nos meus reversos.
nunca senti empatia pelos lobos; as panteras, os leopardos e as serpentes sempre me convidaram ao seu regaço... é neles que conheço a noite e o dia como os andarilhos conhecem os caminhos do nada, e ainda assim vão no descanso de quem sabe que vão a nenhures.
entre o meu instinto e a medida do meu sentimento, há uma tábua rasgada à espera de ser cerzida. há uma voz tenebrosa holocaustiana que dobra os sinos da minha mente, rasga-me as emoções e detona-me o corpo como se fosse um número sem nome. estou à beira de um ataque de nervos; à beira de morrer por nunca ter podido amar de novo... cresceram calos naqueles dedos de menina dançarina que dançava apenas para ti, julgando ser mulher e eterna num amor doce e espirituoso, cuja eternidade brilhava mais do que qualquer coisa.

entendes a  mais profunda tristeza? a ter saboreado...!!! »

NãoSouEuéaOutra in «à procura do guardião do meu coração»




Sun, Sol

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 18:10



 E...  escrevendo sobre astrologia... tenho o sol natal em Aquário, na casa 5. Segundo li, um sol em aquário está exilado, porque o seu domicilio pertence a Leão. Leão representa a casa 5... e tenho o sol nesta casa. Sou exilada e domiciliária. Este sol faz trígono e sextil à maior parte dos planetas, inclusive, ao meio-do-céu... nenhuma quadratura, nenhuma oposição.

Assim, pergunto-me: «com tanta facilidade, trígonos, como é que sou tão aérea... »


Isto a propósito de ler este artigo, daqui:

(...) Astrologicamente, como se sabe, o Sol se exila em Aquário. Este exílio oferece para os aquarianos, via de regra, uma certa dificuldade para a sua afirmação, produz um enfraquecimento da vontade solar, menos concentração, leva-a a um certo espalhamento, desconcentra-a, dificuldade que muitos procurarão compensar. Esta compensação costuma se dar pela exacerbação de alguma atitude ou postura diante da vida, fazer sobressair algum aspecto da personalidade, seja fisicamente (um esporte, radical muitas vezes), mentalmente (vanguarda literária, artística), por algum descomedimento (comportamento antissocial), por alguma extravagância (decoração corporal ou ambiental escandalosas), expressões pelas quais esses aquarianos se afirmarão, se farão notar e destacar. (...)

Assim, fica a pergunta, e com um sol na casa 5, como é que fica ''essa cena'' de uma aquariana solar?

Miracle, Love

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 20:26





I´m Tired Of Me

I need a miracle. Yes, really, I do. 






A Ferida do Amor, The Wound Of Love

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , | Posted on 18:57

O desejo do amor exclusivo de alguém é talvez um sintoma de doença na humanidade, um estigma que nos marca à nascença neste mundo. Por mais que tenhamos consciência dessa quase anomalia ela continua como um registo inconsciente, celular, impossível de descartar por vontade própria, assim só porque disso temos consciência ou intuição... Pode levar uma vida inteira a superar este anseio ou sonho, ou quem sabe muitas vidas... À partida, a busca da mãe ou do pai, no amante, a necessidade do consolo ou do abrigo, da protecção... de defesa, seja pois do amante quer na mulher quer no homem, é sinal da nossa separabilidade e incompletude, por isso todos queremos voltar aos braços de uma Mãe Maior ou ao seu útero, ou simplesmente à origem - que no fundo é o AMOR que todos procuramos - e essa é certamente a grande dor e a grande caminhada na terra e a razão porque nascemos presos por um fio, um cordão umbilical e procuramos toda a vida o prolongamento desse fio no Fio de Ariana, ainda a Mãe, a mulher-deusa deus-amor...que nos faça sair do Labirinto, ou da nossa cegueira congénita...

UM NOVO RUMO PARA TODA A HUMANIDADE
- texto enviado por uma amiga de longos e longos anos -




Love Does Not Fail For You When You Are Rejected or Betrayed or Apparently Not Loved. Love Fails For You When You Reject, Betray, and Do Not Love. . . . Therefore, The Most Direct Way To Know Love In every moment Is To Be Love In every moment. In The Way Of Adidam, My Devotee Is Founded In This Capability By Virtue Of his or her Constant Communion With Me (and, Thus and Thereby, With The Divine Person, Reality, or Truth).

Avatar Adi Da Samraj

Heart - Love

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , | Posted on 17:36



 original photo (source)

« Sentir alguém que de facto nos ama e que amamos, catalisa em nós uma libertação e expande-nos como seres humanos em verticalidade para além do que julgamos possível!! Precisamos no meio deste mundo tão ilusório, encontrar as pessoas, ou, os seres  que nos façam transcender esta matéria para não andarmos aqui esvaziados e, não irmos daqui de mãos vazias. »
NãoSouEuéaOutra in « do Amor e do Saber »


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