Love / Amor
Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in Amor , Crónicas , Desamor | Posted on 19:51
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"Do Império(o verdadeiro)do Amor"
Género: Escrita Criativa
Autor: NãoSouEuéaOutra
escrito em 2009
Género: Escrita Criativa
Autor: NãoSouEuéaOutra
escrito em 2009
(oculto dia e mês - está registado no velho blog)
direitos reservados e proibida a sua reprodução
(…) Não fui no beco, na esquina, no cais, na viela. Não fui a lado nenhum e não procurei nada, além de si dentro das ruas do meu coração. Passo longas horas vendo os filmes onde você é o actor principal na tela, e eu apenas uma aspirante a dançarina ansiando o beijo de regresso. O regresso do Amor.
Dei conta de como uns olhos podem se tornar num grande oceano. Tive que contratar faxineiras para limpar o soalho da casa continuamente, porque preciso de me salvar do meu próprio amor arrulhando nas artérias. Tornei-me uma filha da devastação coronária que só as lágrimas conseguem suavizar. Perdi toda a vergonha de confessar a raiz do coração… dentro dele, tem cada tubérculo dorido, sonhando pela aurora. Meu coração declara que tem o sonho de um dia poder vislumbrar o belo estame e formoso carpelo em união perfeita, que aqui a pequenina eu, jamais tenha que uma e outra vez se tornar um oceano e contratar faxineiras.
Pergunto vezes sem conta, porque uns escolhem uma estrada e outros, uma outra. Escolhi a tarefa mais difícil de aprender e de uma vida inteira, a consciência do amor desprendido de todas as prisões. Vim aprender pela perca, pela morte. Aprender o que é mais importante numa e dentro de uma vida. Quero chegar no leito da minha morte, e ter a resposta clara… mas que Deus não me dê a oportunidade de me lamentar e querer regressar no tempo. Que faça, sim antes, o acontecer para que não lamente. Não quero chegar no leito da minha morte e dizer: ‘lamento a minha ignorância; lamento tê-lo visto passar e nada fiz por medos’!
Quero sim, quero e QUERO conhecer esse orvalho que penetra toda a célula humana conscientemente… quero me banhar inteira, tão inteira que não precise mais de procurar!! Sinto-me diante deste Universo a mais pequena e reles criatura, já que o poder inscrito nas estrelas é tão grande que até tenho receio de levantar a minha face e mostrar o quanto está maculada de sujeira.
‘Nós somos a nossa própria impotência’, costumo pensar no mais longe de mim. Apenas tenho uma única fome, deste Amor Abrasador que transcende todas as limitações, que está fora do comum!! Quanto mais me condenam e tiram, mais fome e tendência tenho em correr na sua direcção, atravessando os portais da minha alma humana, as ruelas estreitas das minhas mucosas ácidas, os labirintos das minhas veias sanguíneas. Não me tentem prender com vossos juízos. (…)
Preciso de subir na montanha ‘para lavar minhas pálpebras na chuva’ . (letra de uma canção de Leonard Cohen)
Acima, falou-vos uma, agora a vez de uma outra. Assim ficamos abraçadas uma à outra e assim eu te ouço e concedo o minuto e tu me fazes o mesmo! (Risos)
(…)Bem aventurados aqueles que conheceram o amor, conviveram com o amor e foram amados, e só conheceram a força da sua perca, através da morte daquele/a a quem se uniram ou através de um/a filho/a… mas não se atrevam aqueles a amaldiçoar os feridos de amor, aqueles que buscam o VERDADEIRO AMOR, porque suas almas são talvez mais exigentes e mais perto de um ‘abismo de deus’. Cuidado em fazer juízo de valor àquele que não acerta no amor, porque concerteza estais a ser posto à prova, para um dia mais tarde. Nem todos são mendigos, há quem apenas se aproxima para mitigar essa sensação de amor e que não é eterna nele, e que pode apenas ter a duração de 5 segundos e que reconhecerá de imediato o seu curador e não voltará costas. Somente os vampiros, morcegos sugam o vital, e logo abastecidos se encarregam de voar e de forma egóica e, dedicarem-se às suas habituais caminhadas, afazeres e divertimentos e falar de que o amor é uma anedota sem fim. Pouco se interessam se vós ficais/estais bem e regra geral sempre vos voltam as costas quando a eles se dirigem. Estes podem ser enxotados, ou se valer apena, podem ser acordados, mas cuidado com a vossa janela aberta, vejam se o vidro está entre vós e ele.
Aparentemente parece que andamos cá em direcção ao mesmo, mas na verdade não é bem assim. A Mente é uma mestra fazedora de ilusões, e somente o Coração afiado pela inteligência de Deus, nunca falha e sabe-se que ela não é filha da razão e nem do racional!! Porque se a razão é a certa, vem a pergunta: ‘então, porque está a falhar estes últimos dois mil anos’? A única coisa que me ocorre dizer é que, o que não evoluiu um milímetro sequer foi a inteligência emocional… a mente racional cresceu disparatadamente e ofereceu senão uma cultura de morte, desrespeito pela terra, individualismo exacerbado, culto da riqueza, culto dos instintos primários e animalescos do sexo sem visão de fundo; criação de ‘ismos’ fanáticos e, desenvolveu tecnologias de forma ébria, muitas delas fomentando a alienação e com isso descentralização da verdadeira conexão consigo mesmo; a publicidade, seja através de cinema, ou outra informação se propagandeou nos últimos anos numa onda de culto e estimulo à morte, à guerra, à concentração no poder, na fama imediata. Nem uma única imagem como símbolo de pureza ousa surgir sem que o sangue de um ferido de guerra não esteja presente. Nunca se viu um dos homens mais ricos do mundo, chegar numa pequena localidade infundido de solidariedade e doar por igual a 200 pessoas um valor que permita que essas pessoas tenham uma vida digna sem mendigar… o mais que ele faz é montar um negócio e através do conto da carochinha convencer os seus habitantes que está a servi-los, mas que fique bem claro que ele agora é o Grande Senhor, aquele a quem devem devoção.
O culto da razão, do racional criou tudo isto; a emoção não teve permissão, porque ser emotivo e chorar é uma vergonha, é ser fraco; revelar suas fraquezas claramente é ser vomitado na praça e você não tem lugar entre os supostos fortes que tudo conseguem; é ser usado pelos outros que abusam das suas fraquezas confessas... apenas uma única coisa lhes foge, controlar/impedir a morte de si mesmos… pobre é o espírito que ousa pensar que a força está na violência e no acto de matar, e vergonhoso é ousar abocanhar o nome de Deus para justificar seus crimes; vergonhoso ousar respeitar um aristocrata e não um plebeu, e ignorante é ousar crer que os seus sangues são diferentes. (...)
Where I Lost my Mind from 2009 to 2013??
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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?