Crónicas Curtas e Brocantes e 1 Poema
Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in Crónicas Curtas , Curtas e Rápidas | Posted on 18:06
Teus cabelos espantam a minha razão de ser. Deixa-me apanhá-los? Mais que tudo, deixa que a minha língua seja uma iguaria no céu da tua boca. Come-me, sem seres carnívoro. Suga-me, sem seres vampiro.
Há coisas importantes que passam por nós como se fossem correntes de ar, e que devemos agarrar e sedimentar, por serem uma parte daquilo que devemos ser. Por isso é importante estar acordado!
NãoSouEuéaoutra in ''Crónicas Curtas e Brocantes'
Não tive escolhas
Pois o que construí desmoronou-se
Nos atos fortes
na quebra de braço
linhas retas em aço tornaram-se barbantes
Fragilidade gera fragilidade
pé descalço
sonhos reconstrui
mas não era eu o personagem
protagonista, vibração
eram todos
todas as peças do xadrez
manipulavam - me
a rainha
os cavalos mostram as ferraduras
Tentar outra vez
nas costas anos das perdas
recomeçar quando a regra
para os demais é parar
ficar alheia, não há de subir
escadas dos castelos e dos dourados ouros
de novo
como?
Há vestidos no chão
a fazer capacho
e nua
suja das mentiras
impostas à lama
frio d'alma
uma frouxa
Pois o que construí desmoronou-se
Nos atos fortes
na quebra de braço
linhas retas em aço tornaram-se barbantes
Fragilidade gera fragilidade
pé descalço
sonhos reconstrui
mas não era eu o personagem
protagonista, vibração
eram todos
todas as peças do xadrez
manipulavam - me
a rainha
os cavalos mostram as ferraduras
Tentar outra vez
nas costas anos das perdas
recomeçar quando a regra
para os demais é parar
ficar alheia, não há de subir
escadas dos castelos e dos dourados ouros
de novo
como?
Há vestidos no chão
a fazer capacho
e nua
suja das mentiras
impostas à lama
frio d'alma
uma frouxa
Gostei das leituras!
Um abraço,
Doce de Lira
o véu no palato acende desejos e inaugura abismos adocicados.
procuro estar acordado na insónia do poema.
beijos!
este é pra vc...li hoje...tão, tão..
Sophia de Mello Breyner Andresen
. in DIA DO MAR, 1947
Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.
Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.
Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver
bjins