Perdições Selvagens

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 11:04



« não sei o que escrever!. na verdade, quero escrever. escrever-te. dizer o que me fode! dizer-te. entendes, ou será assim tão complicado? a boca. estou farta das orgias. essas orgias feitas de areias. sabes, diria que, ontem, vi avestruzes a voarem pelo céu. mais tarde, encontrei um velho e dissera-me que tinha visto papoilas; seriam anjos, segundo ele. a crueldade ditara ao Velho, que pedisse a minha boca emprestada. como se a facilidade morasse em qualquer canto do corpo feminino. comentei sobre as avestruzes. não ouvi nenhuma palavra, apenas o som de uma espécie de água a correr. o banco. sobre ele. tamanha a façanha do Velho. velhaco.
agarrei as papoilas, fiz uma longa corrente. despi o Velho. acorrentei-o à árvore. convidei as avestruzes a passearem as suas penas até à exaustão. a carne fervia. os olhos reviravam. não dizia coisa com coisa. babava-se. enquanto isso, uma outra, pequena avestruz mastigava amorosamente o bendito Príncipe Pirolito.
a maior surpresa que tive, uma família de ratos criara uma bilheteira de cinema, a troco de queijo, para que o povoado de velhas traídas assistissem ao último suspiro do Velho manhoso amante. nunca vi rostos enrugados tão luminosos e felizes. nelas, sim, conheci o verdadeiro orgasmo... »
NãoSouEuéaOutra in '' as velhas perdições ''


megalíticos presos à vagina

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 17:53


« sobram os tempos da memória. megalíticos presos à vagina dos dias. línguas lambendo a planície do céu. dobram-se as linhas que fazem a tua vontade de amar; o arrepio das mil sedas invadem a retina e não sou mais dona de mim. sou a vida da viagem, o sentido da tua voltagem e a vertigem do teu desejo. »

NãoSouEuéaOutra in '' a necessidade de morder a vertigem do desejo ''

O Terceiro Cérebro do Ser Humano

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 08:41

( texto para revisar e reescrever e matéria para pensar e re-pensar!! )

« Segundo a ciência, o cérebro humano (homem e mulher) diminuiu. Em 30 mil anos encolheu, tal como uma bola de ténis. Dizem que esse facto se deveu à questão da sobrevivência, visto que com o crescimento das taxas de nascimento e a consequente formação da civilização em grupos, deixou de ser importante o desenvolvimento daquela. Assim, a sobrevivência, numa sociedade como a actual, que cresceu de tal forma, o homem não precisa de usar mais o seu lado de sobrevivente. O facto de viver em grupo, ter condições que lhe permitem se proteger e, ter já muitas estruturas preparadas para a sua vivência física e social, levou ao encolhimento cerebral. [ Isto coloca-me uma questão ambiental tremenda... em fase de um cataclismo global, o ser humano não terá condições físicas de sobreviver, visto que perdeu metade das capacidades de sobrevivência, à custa de uma área de conforto. É como se tivessem lhe retirado anti-corpos para fazer frente às bactérias e vírus. Diria que a civilização não é só benefícios - tal como a sociabilidade e instrução e industrialismo/capitalismo/consumismo (estes aparentemente, são como a Cinderela que não conhece a bruxa) -, também é malefícios - alimentação mortal, alienação, comodismo, escravatura... -. ]

Escrevo isto, porque encontrei um assunto interessante, um outro cérebro. Os neurónios fazem/constroem, segundo parece, o cérebro, e daí este terceiro, alberga maior quantidade de neurónios. Segundo os cientistas (medicina) é o último a fenecer. Sim, a Morrer este terceiro cérebro, o digestivo. Ora, se assim for, a inteligência alimentar define-nos muito daquilo que nos tornaremos. Ora, se no cérebro da cabeça, não alimentamos os neurónios com a alimentação própria para ele, não o desenvolvemos, independente da quantidade de neurónios que alberga; o mesmo se passa com o terceiro cérebro localizado no aparelho digestivo e intestinal. (Um cérebro enrolado à volta do tubo digestivo e do intestino.) Infelizmente este, presentemente, parece ter falhas e falta de muitas condições para enfrentar a Bulimia ocidental desencadeada pelas industrias alimentares e farmacêuticas... »

Veja a matéria aqui CLICAR PDF







sei lá...

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 20:20



«quando penso demais, desdobro-me. apenas uma finalidade, voltar para dentro outra vez.»


Um poema

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 18:14


ADEUS, NAÇÃO

Um Poema
de
Leuzo de Siqueira
 (jul/1983)


Adeus, Nação!!!!
Agradecido estou ( assim m'o despeço) e peço que
Leves a sério ( não a despedida pois sim a loucura).

Adeus, Ó (sem agá) minha pater mater ( ou pátria-morta?!?)
Non saberíamos, decerto

Mas adeus, Nação !!!

Não te considero mais a minha virgínia / (eras mesmo virgem?) já
Que tantos ousaram(!!!) - ou permitiste o estrupo?!? Ó, Terra Nossa...
Tantos sugaram à secura tuas bonançosas tetas....
( a nós outros restou apenas um pirex (ou pires((?)) de leite /
- ou seria a borra dos engenhos de farinha de mandioca?...

Mesmo assim, Ó (sem agá/sem acento) Nação minha prostitutazinha...
Muito enluta-me teu fado/fardo farto de Fortunas vis...
Nação... Ah! Ahhhhhhhh! Ah!Ah!Ah! Ih!
Ihhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! (iac!)
Ih!............(snif...)
És puta-palavra vilã na boca de qualquer poeta....serias poema?
Servirias tú a tal inspiração(?)....safadazinha

Porém,enfim. afinal: adeus, Nação!

Povo valente
Povo carente
Povo servil
Povo titã
Varonil (Variolino/Variolina)
Povo Povo Povo mais Povo...tanto Povo! ...Tudo Nação...

Adeus tupiniqueiras sextas-feiras conspirativas lá pelos idos dos 70...
Adeus, Tontos Meus, que sonhavam e morreram Revoluções...
Adeus, Amigos(as) intimos(as) que sacudimos os egos ids
Que sacudimos a poeira e deciframos nossas dores....

Adeus meu restolho de Nação que sobrou no tacho da ditadura...
( como Mau Dita a maldita....quanto foi dura...)
Foi maldita e duramente cruel...(como todas)

E,
Mudasse-se o tema para pátria
Decerto que tudo chegaria a putana que pariu
Aqueles que a tudo deturparam,
Òh, patria amada,salve-se! salve-se...

Que fodamos El-Rey!


Prosar

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 13:20

Hoje, vou escrever uma Prosa. Uma das mais simples. Aliás, ela irá ser Única. São estes dias que passam, que concebem tudo tão simples. Não será?












O













O Poema

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 12:41

Senhores e Senhoras; Meninos e Meninas, por acaso, estão/existem algumas letras por aqui? Aqui mesmo, neste momento? Têm a certeza? Só depois de terem a certeza, aquela absoluta, é que, então, poderão escrever o vosso comentário.
O Poema fala de Ti mesmo. Lê com atenção. Leia bem, é de suma importância. Esteja atento.























.



















Gostou do Poema? O que considerou ser o mais extraordinário nele?






Crónicas Curtas e Brocantes e 1 Poema

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 18:06

Teus cabelos espantam a minha razão de ser. Deixa-me apanhá-los? Mais que tudo, deixa que a minha língua seja uma iguaria no céu da tua boca. Come-me, sem seres carnívoro. Suga-me, sem seres vampiro.




Há coisas importantes que passam por nós como se fossem correntes de ar, e que devemos agarrar e sedimentar, por serem uma parte daquilo que devemos ser. Por isso é importante estar acordado!

NãoSouEuéaoutra in ''Crónicas Curtas e Brocantes'

Fotografias '' A saga com o telemóvel continua''



O POEMA
xadrez do viver intenso

Por Cintia Thomé

Não tive escolhas
Pois o que construí desmoronou-se
Nos atos fortes
na quebra de braço
linhas retas em aço tornaram-se barbantes
Fragilidade gera fragilidade
pé descalço
sonhos reconstrui
mas não era eu o personagem
protagonista, vibração
eram todos
todas as peças do xadrez
manipulavam - me
a rainha
os cavalos mostram as ferraduras

Tentar outra vez
nas costas anos das perdas
recomeçar quando a regra
para os demais é parar
ficar alheia, não há de subir
escadas dos castelos e dos dourados ouros
de novo
como?
Há vestidos no chão
a fazer capacho
e nua
suja das mentiras
impostas à lama
frio d'alma
uma frouxa

Demoro em paisagens

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 16:19

Continuando com as fotografias tiradas com o telemóvel. Refazendo histórias em dias de insónia primaveril, cujo rasto está na terra que piso. Tudo o mais, vai se transformando. Uma outra se encontrando para lá das catacumbas. Ninguém pode tirar o que já não existe.


Não me digas o teu nome. Apenas existo na solidão dos cheios de alma. Trago a memória naufragada de amores intensos. Hoje, sou apenas Eu, mais inteira e, contudo toda nua.


Esperar por um homem, é uma batalha perdida; devíamos esperar por algo maior que nos faça inteiras. Temos essa capacidade, se tivermos a ousadia de quebrar o nosso apego. Se os homens têm a arrogância de dizer que, a mulher é apenas mulher, então, a mulher deveria ter a coragem de não o esperar e focalizar-se naquilo que lhe dê uma dimensão mais abrangida de si mesma.



Nunca deixes que te suguem até aos ossos. Há vampiros invisíveis que se travestem de madames poderosas e belas e amáveis. Eles se alimentam na noite, em solo inconsciente, e nunca o fazem à luz do consciente. Estes são os poderosos vampiros, que nunca comprometem a sua avidez à claridade de um sol. Nunca deixes suas antenas sintonizar o teu solo sagrado.

NãoSouEuéaOutra in ''Crónicas Rápidas e Curtas''

Simplicidade, longe das letras escritas

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 16:02

Hoje deu-me para fotografar com o telemóvel. Nunca o faço. Depois converti para qualquer coisa entre o B&W e essa outra coisa, e sem deixar de ser, o vicio do Grain...


Fui apanhar vitamina D, meu braço agradece depois que sofri uma luxação que nem conto!! Aqui ficam as fotografias...

...partes de qualquer coisa, da dona deste blog...


...um livro a fazer companhia para ganhar juízo...


...diante deste cenário, cujo calor aquecia todos os lados...


...os minutos foram passando, e o sol ficou lá embaixo pequeno...

Close your eyes... I can´t tell you nothing more...

Epitáfio

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , | Posted on 18:01


O psicopata
O transgressor

Não me calo!
Querem isso?
Não, digo eu!
Sim, dizem as suas Excelências!

Lábios pintados a vermelho, ocultando a mentira
Gostam do circo, da omissão, do faz conta que não
Sois amantes, confirmo-o, deles
A tela lamacenta desse vermelho
É o verde do semáforo
Nela, é vagem rasgada
Grito surdo, espírito perdido


Ele está vivo
Eles estão vivos
Dois tempos diferentes
Três, um já a vida cortou a cabeça

Um, vende vagens graúdas consentidas, alternas
Outro, vive vida pacata e finge o crime, ama a mulher
Aquele Outro, puro ar, invisível... correu louco, a psiquiatria o conheceu
Logo, perdeu a cabeça
Decapitado, é que, ousou transgredir
Foi por pouco, a intenção esteve inteira no acto
Deus espreitou antes do achega


Se fosse possível, liberta sem ar condicionado
Hoje mesmo, o prego retirava
De boa vontade, profundamente sentida
O martelo de bom grado ''atenchava'' os malditos cérebros


E ainda escrevem da justiça??
Cuidado com o Mercedes, outra cabeça pode rolar
Sangue do mesmo sangue
Nunca se sabe da semelhança do desígnio
Lembra-te, vagem rasgada


NãoSouEuéaOutra in '' Raivas incontroláveis que os Epitáfios poderão ter''




As Novas Missas Femininas

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 13:28


 As Novas Missas Femininas


- Já sabe da última?
- Qual última?
- A do Sr. Prior!!
- Sr. Prior?
- Sim. Sim!! Veja que ontem à tardinha, o Sr. Prior, resolveu dar a Missa nas traseiras da Igreja, da Santa Madre. Exclusiva para Mulheres, todas vestidas de branco. Uma chuva caía que se fartava, e dizia sua Excelência que era para limpar as almas. As mulheres precisavam de limpar a alma. Os pecados sujavam-nas.
- Ai nossa Senhora Aparecida a direito nos céus!!!
- É verdade! As Missas já não são como antigamente. Até o Galo emigrou. Ouvi dizer que foi dedicar-se ao Futebol, limpar estádios e arranjar uma Noiva em condições… e que aquilo de fazer cócóróró não dava dinheiro nenhum, e nem tesão. Saiu tão danado do poleiro habitual, que vociferou, «se o calvário existia, que iria enviar para lá todos os Priores.» Vá-se lá entender a cabeça de um galo.
- Cruzes! Que galo esquisito. O Sr. Prior deixou partir o Galo?
- O Sr. Prior, ao que consta, estava mais interessado nas beatas com a roupa toda coladinha ao corpo!!
- Ai sim?!
-  Consta-se que, ele, ficou a pregar debaixo de um guarda-chuva.
- ?????

NãoSouEuéaOutra in '' Dilatadores de Missas ''

Aliens

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 11:43

fotografias 2007


Vida Além daqui...

Delatar

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 09:36



" – Delatar – " 

Género: Poesia
Autor: NãoSouEuéaOutra



Que chatice Que chatice
Caminha pelo beiral
Vomita lavas de fogo
Enterra demónios Demónios enterra
Lavra mentiras
Mora em tudo
Não é cego Cego não é
Tosse muito
Vocifera ditos Ditos vocifera
Mora aqui ao lado
Dentro da parede


Ah, Deus que tardas


Amarelo Amarelo enxofre
Tece ele Ele tece
Ferra seu ferro
Tal e qual Judas
Não é Soberano Soberano não é
Mente com todos os dentes
Juízo não lhe sobra
Vagabundo errante Errante vagabundo
Sem santo nem deus
Demónio ao quadrado Quadrado ao demónio
Que jaz ali no beiral
E que diz
Se te apanho, cego-te
Se te apanho, como-te
Se te apanho, mato-te


Foram preciso virgulas Virgulas foram preciso
Se te apanho, devoro-te
Não és o Outro, o Outro sou eu
Amarelo claro Amarelo pálido
Amarelo Amarelo
Enxofre
Demónio
Tanatos


Escrito em Novembro no presente ano de 1999 D.C .

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