demónios vivos e mortos... quem sabe quem são?
Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in Diálogos , Filosofias de Errar , Lua , Monólogos Dramáticos , Quando Uma Doida Fica Mesmo Louca , Solidão , Tempo | Posted on 08:33
(...) Estou mortinha para comer você! Devorar cada célula do corpo que te concebe e forma. Não quero que reste nada do que você é. Nada mesmo. Nenhum fio de cabelo pode existir. Não te suporto, seja na esquina, na piscina, no jardim, na discoteca, na ‘’vernissage’’, na escola, no banco de namoro, em casa. Quero que você suma da minha vida, e por isso vou comer você todinha. Não me interessa o seu género. Não me interessa se é gorda ou magra, bonita ou feia, alta ou baixa, jovem ou adulta, até idosa; se é homem ou mulher e, até pode ser macaco. Pode querer que não estou minimamente interessada. Quero apenas que você se vá tal como apareceu e que, nem sei mais quando, à minha janela veio e entrou e foi se sentando em toda a poltrona. Ocupou a cozinha, os quartos, as casas de banho e tudo o mais. Você apenas invadiu tudo. Rasgou meus melhores vestidos, minhas jubilosas saquetas de maquilhagem. Rasgou meus sapatos, envelheceu o que amava. Você estragou o melhor e pouco se importou se havia uma vida para ser vivida. Você, você não é boa. Você é o demónio que encontrou a janela perfeita para entrar.
Há quanto tempo me conhece? Quanto tempo?? Tem vergonha de dizer, mas não tem vergonha de brincar e fazer o que quer e como entende?! Entenda, preciso de comê-la; primeiro preciso de estrangulá-la, para depois poder comer tudo sem a sua voz, as suas mãos e a sua respiração. Você não pode mais ter vida própria! Ouviu? Deixe-se de mostrar escondida e agarrar pelos dedos dos pés e virar para baixo as coisas. Só posso chamar as coisas, porque são tantas as coisas. Você gosta do cansaço, não é? Gosta de fazer o que faz? Pode ao menos nessa sua demência, porque não sei como hei-de rotulá-la ou até etiquetar, qual é a sua pretensão? Você beira a grosseria, é que nem tem estilo, logo não posso respeitar a sua condição que é abjecta. Que consideração você tem? Nenhuma. O seu estado é completamente zero. Teimou que haveria de me enterrar na desgraça! Por isso, você vai ter que entender, que preciso de saber quem você é?! Que intenções a fazem agir desse modo. Você sabe ao que me refiro e porque refiro. Se você é pura energia, então você sabe exactamente neste momento o que lhe estou perguntando?
Se lhe habita alguma superioridade, revele-se condignamente em toda a sua natureza abjecta. Revele-se! Não venha com discursos de que tem um objectivo hermético!! Que é segredo!!! Estou cansada do seu negócio... e por isso estou mortinha para a comer. Todinha!!... (...)
Há quanto tempo me conhece? Quanto tempo?? Tem vergonha de dizer, mas não tem vergonha de brincar e fazer o que quer e como entende?! Entenda, preciso de comê-la; primeiro preciso de estrangulá-la, para depois poder comer tudo sem a sua voz, as suas mãos e a sua respiração. Você não pode mais ter vida própria! Ouviu? Deixe-se de mostrar escondida e agarrar pelos dedos dos pés e virar para baixo as coisas. Só posso chamar as coisas, porque são tantas as coisas. Você gosta do cansaço, não é? Gosta de fazer o que faz? Pode ao menos nessa sua demência, porque não sei como hei-de rotulá-la ou até etiquetar, qual é a sua pretensão? Você beira a grosseria, é que nem tem estilo, logo não posso respeitar a sua condição que é abjecta. Que consideração você tem? Nenhuma. O seu estado é completamente zero. Teimou que haveria de me enterrar na desgraça! Por isso, você vai ter que entender, que preciso de saber quem você é?! Que intenções a fazem agir desse modo. Você sabe ao que me refiro e porque refiro. Se você é pura energia, então você sabe exactamente neste momento o que lhe estou perguntando?
Se lhe habita alguma superioridade, revele-se condignamente em toda a sua natureza abjecta. Revele-se! Não venha com discursos de que tem um objectivo hermético!! Que é segredo!!! Estou cansada do seu negócio... e por isso estou mortinha para a comer. Todinha!!... (...)
NãoSouEuéaOutra in ''Demónios vivos e mortos. Quem sabe quem são?''
Na vida, a luz é uma reflexão sobre a página
um espaço entre as palavras
um lugar onde se é livre e sozinho
com uma mão na terra
e uma mão nas estrelas.
Cultivo de rosas no
jardim,
poesia pintura,
escrito, pinturas,
e palavras de plantio
Que parecem cantar
brilhante como o sol nascer
e frio como a noite
Enquanto Liberdade e Dragão
Dance para sempre na
reflexo da
Contas de vidro e
Lágrimas.
... agora já percebeu porque sou tão "formosa"!!!! (risos)
... tenho tantos, tantos demónios para comer!
De vez em quando ... também ... os enfrento!!! E acabo sempre por perceber que afinal ELES também SOU EU!!!!
Parabéns pelo texto ... e pela "ideia" deste diálogo!