Inferno

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 18:21




''Dantina''* no Inferno

meu ventre grávido abortou,
ruindade daquela boca asquerosa
se lançou sobre mim como hiena,
gananciosa e arrependida da doação.

era um clic, um clic apenas,
e apenas ficou como nó na garganta
e imagem de arrependimento.
maldito sejas,
porque os teus genes são capacitados
para matar, abortar.

não foi o amor.
foi o teu medo.
foi o bicho que te devora.
não vês, pequeno homem inteligente cego.

filho dos poderes,filho do PAI, dos homens, Do diabo
renegas as mulheres no fundo da tua alma,
apenas a tua lógica tão lapidada, cega-te...
posto que discursa envaidecida e com o hino dos belos argumentos
e parece tão fácil ficar seduzido e até crer da tão boa retórica;
mas se a vontade abre a boca, o acto te trai,
trai mortalmente e perdes o lugar do divino.

matar ventres, condena-te ao estatuto de verme.
pobre da tua origem, e nem sabes. como a lógica come-te.
mais vale morrer como um Georg Cantor, um Kurt Gödel...
esses homens provaram, o que tu não verás,
sim, pela tua voraz lógica.
que tragédia!!!


vives do lodaçal dos homens,
pareces mais parido de um homem,
do que de uma mãe.
miras as mulheres, rasgas em trapos;
miras os homens, neles teces intrigas
e tudo o que mais desejas é ser como eles.
senhor de poderes nojentos, rei cínico e sádico.

precisas de berrar com a mulher,  para te sentires superior.
mas negas-te a berrar diante do teu superior.
tens medo.
precisas agradar.
precisas estudar o sadismo,
e imitá-lo numa curva próxima.
porquanto, fazes de cobaia as  mulheres.
treinas a tua falsa autoridade,
a tua doente mente gananciosa
USAS
do indefeso que te assemelha.
como és diminuto aos olhos da vida.
Não Vês?
Não Tens Olhos?

o teu coração, é como as pedras;
matas, depois fazes festas no cadáver
como se a matança nunca haveria acontecido.

lastimávelmente, és o último dos homens...
aquele a que damos o nome de DESILUSÃO ÚLTIMA.
fecho o caixão, preciso enterrar-te e fugir desta torre.
Da Tua TORRE de MORTE.

Não é poema e nada  de poema é de, NãoSouEuéaOutra
- às tantas é  primavera (ou será Inverno) de 2012 -

||  corre-me nas veias, o sangue dos Malditos, dos Aprisionados, dos Devorados, dos Visionários acorrentados, dos que São... nunca mais é, isso que é!!! Procurei uma idolatria, algo a que idolatrar; descobri que não sei como se idolatra o que não se aprendeu. O Caos, não quer escrever, quer se perder. Voo(ltar) e não mais, esse mais e já está, não há idolatria. Prego os braços, já pregados e as mãos tentam despregar. Dizem as unhas dos pés, que preciso tirar os dedos. E com os dedos, retirar as unhas, e com as unhas, achegar a um dissolvente, ou um reagente que idolatradamente retire o verniz delas com as Senhoras Donas Unhas. SEGUE NESTE LINK


*inventei o feminino de Dante.  a propósito do Inferno  de Dante.

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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?

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