Vida Natural - Natural Life

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , , , | Posted on 09:43

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« Há uns anos, tive o privilégio de ver sequências de um programa que passou na RTP 2, cujo nome, era  Tv Rural, com o Engº. Sousa Veloso. Podíamos aprender alguma coisa decente. O leite, para a maioria das crianças hoje em dia, é um coisa subjectiva. É da vaca, mas está empacotado no supermercado. Pessoalmente,  se não tivesse visto em criança, jamais pensaria como é que o leite saía da vaca ao natural.. se não o soubesse,  cairia no ridículo de dizer babosices  e, mais do que ridículas, ignorantes.
Antigamente, ao que parece, nas zonas rurais de Portugal, era tirado para dentro de um púcaro -  nada pulcro -  pela manhã e fervido  e servido na hora. Directamente da vaca a pastar na herdade para o fogão, claro, mudando para um outro púcaro e coado...e depois de fervido, pronto a servir com um pouco de cacau ( às  vezes nem isso se colocava) e uma torrada de pão, também ao estilo caseiro.
Hoje, sai do supermercado para a casa de cada um, e, depois frigorífico e depois boca... sem se saber a sua proveniência e nem o que foi feito com ele até ser empacotado!!
Hoje, não se aprende sobre a vida e sim, sobre como ser imbecil e, cada vez mais animal.

Confesso, tenho saudades dos patos, das cabras, dos lobos, das raposas, das cobras, dos escorpiões, dos coelhos, das vacas, dos carneiros, dos cavalos, das éguas, dos burros, das fontes, das herdades, dos escaravelhos, dos morcegos, das águias, das corujas, dos falcões, das ribeiras, dos riachos, dos prados, dos pintos, dos galos da Índia, das codornizes, das cegonhas, das searas, dos mantos de centeio, de trigo e de cevada  a perderem de vista; dos sobreiros, dos castanheiros, das rãs, dos lagos, dos lagartos, das lagartixas, dos perús, dos pavões, das cabras, dos porcos pretos, brancos e vermelhos e malhados; das ovelhas, das colmeias e o manto de abelhas a dançar no ar; das cebolas, das couves, dos tomates, dos morangueiros, das favas, das ervilhas, dos coentros, das salsas, das batatas doces, da couve flor, das pêras, das maçãs, das nespereiras, das parreiras, das pereiras, das macieiras, do alambique na adega; da nora, do moinho, do medronho, das máquinas grandes de debulhar trigo nas eiras; dos relâmpagos e trovões a explodirem em planícies extensas; das andorinhas, das cotovias, dos pintassilgos, dos pardais, dos corvos, das formigas, dos lacraus, dos sardões, das centopeias, das salamandras, das minhocas, dos gafanhotos, dos trevos, das silvas, das amoras, das bolotas... da vida selvagem e natural e limpa!!... »


Nota. tenho de referir que sou disléxica a escrever. portanto, antes de criticar, tenha em atenção que está lendo uma disléxica, embora não tenha problemas de leitura. tenho uma boa dicção a ler (segundo testes audiométricos), depois de muitas marradas na parede...também é normal, de vez em quando voltar a corrigir as frases aqui escritas, ou outras que têm o mesmo som, mas não são as que deviam estar escritas... por mim, corrigia a vida inteira este texto e outros... mas quanto mais insisto, mais fica confuso...  um exemplo: pulcro tem semelhança com púcaro... e sou capaz de escrever pulcro o texto inteiro onde deve estar púcaro, ou seja, recipiente que contem algo!!  o mesmo com a palavra social versus sexuais... em tempos, em antropologia fiz um teste, em que tudo foi escrito com a palavra sexuais, em vez de social. o cérebro não reconhecia o erro, e apenas associava se - ais... levei chumbo no teste por conta disso!! nem por um momento os meus olhos e ouvidos soubera reconhecer os sons e as letras escritas no papel!!

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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?

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