Hiroshima, Meu Amor, Mon Amour, My Love 1
Posted by
NãoSouEuéaOutra
|
Posted in
Crónicas Curtas
,
Filmes
|
Posted on
21:59
- Morrer, para amanhã acordar Viva. Arrebentar por dentro!! Ser essa Bomba Atómica. Hiroshima. Hiroshima! Hiroshimaaa!!! Sim, Hiroshima, meu Amor!! Levantar o rosto e olhar no espelho. Olhar... olhar olhar e olhar esta Morte. Terrível é aquilo que sorvo. Não descanso. Não descanso!
Eu canto:
Eu canto:
Eu Sou Hiroshima
Hiroshima
Hiroshima
- Sim, todos esses anos. Sim e sim... eu esperei por uma história de amor impossível. Sim e sim... sim, foram sempre impossíveis. Todas acabaram impossíveis. Todas, todas todas todas todas! Tal a sina. «Ah ah ah ah...». Tenho a boca rasgada de tanto rir sórdidamente. O Amor, dificilmente me visitou. Amei o impossível. Eu fui eu e fui o outro. Fui Amor numa solidão só conhecível de quem no deserto viveu. Fiquei seca. Sou a Morte do que foi, é e será!! Fodi-me no Amor Terreno.
Os /as libertos/as, do meu amor, navegaram para a Vida e, eu, caminhei para a Morte. Eu fui com Hiroshima. Hiroshima. Ouviram?! Sou uma Filha da Guerra. Há muito! Sim… sim, muito tempo. Ganharam-me, ah seus safados e safadas!!
Eu Volto a cantar:
Os /as libertos/as, do meu amor, navegaram para a Vida e, eu, caminhei para a Morte. Eu fui com Hiroshima. Hiroshima. Ouviram?! Sou uma Filha da Guerra. Há muito! Sim… sim, muito tempo. Ganharam-me, ah seus safados e safadas!!
Eu Volto a cantar:
Eu Sou Hiroshima
Hiroshima
«ah(!!) meu Amor o que me fizeste?»
Hiroshima
«ah(!!) meu Amor o que me fizeste?»
- Sim. Olho. Olho! Olhoooo!!! Já disse que olho. Isto por dentro são retalhos. Mortes. Morri. Sim, é isso que me sussurras, «Sou a figura da Morte no rosto! Estilhaços de esperança. Poeira de sonhos. Fantasma! Fantasma!!»
Meu nome é Morte. Sou Hiroshima. Sou Nevers. Sou Bomba Atómica. Sou todos em mim, Mortos. Sim, «Look how I have forgotten you/Me»... Vê como tenho coragem de olhar ao espelho. Sou nada. Roubada, saqueada. Sou Hiroshima.
Eu volto a cantar (ferozmente):
Eu Sou Hiroshima
Hiroshima
Hiroshima
«sim, meu amor. mataste-me!»
NãoSouEuéaOutra in '' A Minha vida em Hiroshima ''
retalhos dum todo que tanto todo mundo quer...ou não!!!
sei LÁ, achei tão carinho à mim chegar aqui...e nem me lembro como....te juro!
de qualquer forma, volto-me , com algumas certezas...
ou outras....
ou não...ou não tão certas coisas...mas volto!
beijos.
Parece que todo amor é impossível.
Mas não creio nisso: para mim, todo amor é possível.
Amassar-se entre morangos deve ser uma delícia!
Flores...
Todos caminhamos com uma bomba atómica dentro de nós que pode explodir quando menos esperamos. A composição da bomba é imensamente variada, pedaços bons e maus de vida que vamos juntando. Às vezes, quando rebenta, só causa desvastação,deserto, morte. Outras vezes, porém, é comer queimar os campos para que renasçam mais ferteis e belos!!
A palavra impossivel é uma criação humana que o amor desconhece... quando o amor penetra num peito não quer saber de possibilidades ou impossibilidades. É, existe e ponto!
"Amei o impossível. Eu fui eu e fui o outro"
quem me dera ter sabido escrever este verso. seria, ele mesmo, todo o poema com que se canta a vida. até a bomba atómica seria apenas uma viagem de carrossel no são joão...
um abraço! adoro a tua escrita!
E o amor tem mesmo que ser impossível, caso contrário deixa de ser amor pra ser felicidade.
Hein?
Ora, a felicidade está no que é possível. Em desfrutar do possível que não é difícil de se conseguir é que reside a felicidade.
Já o amor não é felicidade. É conflito. E precisa ser impossível pra continuar sendo conflito.
Afinal, assim é o paladar humano para a vida. O arroz é que nos alimenta, mas o que dá gosto é o tempero. Felicidade é o arroz, amor é o tempero.