AOS VENCIDOS DA HISTÓRIA

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 16:18



AOS VENCIDOS DA HISTÓRIA.

AOS ESQUECIDOS PELA HUMANIDADE.


“De quem não me lembro...
De quem me esqueci...”



«Venceram-te no campo de batalha...
Prenderam-te à malha,
Da sorte que te falha.
Vencido te chamam eles
E renegam o teu nome.
A ti e ao teu Povo,
Subjugam-vos à fome.
Renegam a tua Língua,
E obrigam-te a falar
As palavras de quem mandar,
Sem possível recurso
A quem possas apelar.
Esquecido te tornastes
Porque és um vencido.
Novo escravo te transformastes,
Num calabouço apodrecido,
Onde a luz do Sol te negam
E as correntes te pregam
Para nunca mais fugires
E jamais recuperares
Os teus deuses nos altares.
Varrido por novos Senhores,
Vencedores antecipados
Com guerreiros inflamados
E novos doutrinadores.
Subjugaram-te na vida
Até na tua morte.
Enterraram-te à sorte
Numa vala colectiva.
A História esqueceu-te
Até alguém falar
Que um dia conheceu-te
E que te quer relembrar.
Mas o Mundo não quer saber
Do que te aconteceu,
Porque é mais fácil em viver
Ao lado de quem venceu...»,



por Ribeiro de Magalhães, 2005.




''De quem não me lembro...
De quem me esqueci..''



II



Aos Índios de Chiapas, ao Salvador Allende, aos Missionários Cristãos chacinados na Nigéria, aos Cátaros, aos Judeus do Holocausto, aos Alistados à força na Werchmacht, ao Padre António Vieira, ao Galileo Galilei, ao Jean Moulin, ao Canaris, ao Monsenhor Luigi Marinelli, à Madre Teresa de Calcutá, ao último Imperador da China, aos heróis Bolcheviques de 1917, à Camille Claudel, ao Alexandre Soljenistine, ao Martin Luther King, aos Irmãos Kennedy, à Mata Hari, à Jeanne d' Arc, à Cidade de Béziers, ao Gustavo Zapata Zalazar, ao Ulisses Grant, ao Papa João XXIII.º, ao Henrique IV.º de França, ao ano de 1789, aos Pais Fundadores, ao Aristide de Sousa Mendes, ao Isaac Rabin, ao São João Baptista, ao Jean Monnet, à Maria Madalena, ao Agostinho Neto, aos trucidados na Guerra Colonial, aos Presidiários do Forte de Peniche, aos desaparecidos nos Gulagues, às Prostitutas do Leste, aos Arrumadores do Porto, aos ex-residentes do Casal Ventoso, às Crianças guerreiras da Serra Leoa, ao Jean-Jacques de Molay, às vítimas do "Malleus Malleficarum", às desgraças surgidas do "Mein kampf", aos mortos anónimos do Tsunami no Índico, aos desaparecidos do Plano Condor, às Mães de Buenos Aires, ao Vercingétorix, ao Hermes Trimegisto, ao Apóstolo Judas Escariotes, ao Povo de Barrancos, aos Refugiados da Batalha de Badajoz, ao Tenente Seixas da Guarda Fiscal em Moura, à Catarina Eufêmia, ao Salgueiro Maia, aos Emigrantes que passaram clandestinamente a fronteira, às Operárias de Tijuana, à Hipácia de Alexandria, aos raptados pelas FARC's, aos habitantes da Cidade de Deus, ao Marquês de Sade, ao Isaac Newton, ao Leonardo da Vinci, à Simone de Beauvoir, aos bombistas suicidas na Palestina, às Mulheres mortas por causa de abortos clandestinos, aos Toxicodependentes, às vítimas da Casa Pia, ao Povo da Bruma, ao Dalai Lama, ao Povo Euskera, aos Pescadores da Galiza, aos Deserdados anónimos da Globalização, ao Massacre de Srebrenica, às crianças violadas em terna idade, às mulheres e às crianças espancadas, às mulheres espancadas até à morte e que continuam anónimas,aos do genocídio no Ruanda, ao genocídio dos Hererós e Namaquas (é considerado o primeiro genocídio do Século XX), aos idosos esquecidos nos lares, aos deficientes, ao genocídio dos aborígenes na Austrália, à Grande Fome da Ucrânia de 1932-1933 - vítimas da Holodomor, (o extermínio dos Ucranianos pelos comunistas), ao Massacre de My Lai, ao genocídio dos índios e o famigerado Ku-Klux-Klan...

A TUDO, A TODOS, A NINGUÉM...

MAS ESSE "NINGUÉM"...
EXISTE !!!!!!!!!!...............



Proibido o uso de qualquer ideia ou palavra ou contexto contido neste post, não importa qual seja o acto criativo ou não e para que fim seja, sem ordem expressa do autor do mesmo e deste caderno - blog!!


Comments (2)

  1. À todos e aquele alguem que se diz tão anônimo, mas um pouco de cada home, mas nehum...mas está presente em cada ato de amor ou não em nossas cabeças.
    Caprichou neste post! Belas imagens. O homem usa a sua capacidade de amar de maneira débil.

  2. Chorei, simplesmente. Embora saiba que lágrimas não movem mundos!

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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?

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