O Sexo, A Violência e A Manipulação e As Mulheres

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , | Posted on 11:14


Da Violência, do Sexo e das Mulheres
 Por, RLP

Há uma violência doméstica, sabemos isso sobejamente...MAS continua-se a criar e a contribuir para isso de todos os modos...

Matam-se e assassinam-se mulheres de todas as maneiras, em casa e na rua...todos os dias, vertiginosamente…e aumentam os casos para além do que são relatados e conhecidos em todo o mundo…
Mas Há ainda a violência física e verbal mais subtil nas mais diferentes situações da vida de uma mulher, todos sabemos que há.
Há contra a mulher uma espécie de perseguição e culto da violência de género baseada no sexo e é muito mais grave e persistente do que a que sofrem as minorias, quaisquer minorias ditas descriminadas, porque em muitos casos elas aparecem quase diluídas e disfarçadas pelas situações de hipocrisia vigente e pelos preconceitos das mulheres em denunciar maridos e patrões ou colegas, de assédio sexual e violência verbal…

SIM, ENTRE TODAS AS VARIANTES DE VIOLÊNCIA SOBRE A MULHER, HÁ MAIS UMA, A VIOLÊNCIA DO SEXO ESCRITO…

Sempre houve, todo o tipo de violência contra a mulher, mas há esta nova violência camuflada de “literatura” e romance…e escritores homens e mulheres inclusive que escrevem as maiores barbaridades CONTRA A MULHER e o mercado e o público e a lei não se dão conta…porque a palavra do “escritor/” passa pela ideia tabu de “liberdade…de expressão”…e tudo bem, e nisso gera-se a maior confusão…mas o que está em questão não é que se seja livre de escrever o que se quiser e dizer tudo o que se queira, mas NUNCA de forma agravada e violenta contra a mulher…ou em nome do “seu prazer” ou em nome neste caso…por definição de… “uma mulher com classe…”

É pela forma como pratica sexo oral que uma mulher te merece ou não. Mas não porque o faz melhor ou pior – muito menos porque te dá mais ou menos prazer. É pela forma como pratica (como te pratica) sexo oral que uma mulher te merece ou não porque é nesses instantes que - se olhares para o que não se vê, se esqueceres a pele e a boca e os lábios e te concentrares nos olhos que olham e nos gestos que envolvem - uma mulher que te ama te mostra, em plenitude, que tem classe. E que, para ela, oferecer-te um fellatio é tão digno como oferecer-te um Rolex ou um perfume Chanel. Mais ainda: para a mulher com classe, oferecer-te um fellatio é oferecer-lhe um fellatio. Oferecer-se um fellatio. Porque, quando se ama, não existe dar e receber. Amar é uma dádiva dos dois lados de dar e receber. Não existe dar amor – como não existe dar um fellatio. O que se dá no amor é exactamente, sem tirar nem pôr, o que se recebe no amor. E isso sim é classe.” P.C.

Esta Violência da pornografia VERBAL, o abuso da expressão contraditória e incoerente que gera esta confusão de valores, é um ataque à sanidade da pessoa humana e de uma  violência enorme  à integridade e liberdade de “escolha” da mulher; ela  é uma aviltação da mulher em forma de romance, na escrita deste “escritor” pop – que ensina a escrever – e que dezenas de mulheres cegas seguem fascinadas com a sua audácia, o seu vazio, a sua esterilidade, o seu ego, a sua obsessão fálica, a sua verborreia, a sua falta de ética e de estética, o seu absurdo, e sem a menor profundidade no que escreve e que ataca de forma desabrida, indecente, sim, digo INDECENTE, DESONROSA, PARA TODAS AS MULHERES, mães, filhas, irmãs e sobretudo as amantes…só é possível pela ignorância da própria mulher em se honrar, em se dignificar a si própria, em se dar valor, em se saber ao certo, em se realizar a partir de si …

Não se trata aqui de discutir que forma de sexo preferem as mulheres…mas de uma indução a uma prática como forma de “exaltação” da “dignidade e da classe”…de uma mulher perante o sexo…

A violência que nesta escrita é feita à mulher e que ela aceita passivamente, deve-se à sua falta de consciência do feminino profundo, deve-se ao enorme vazio da sua vida, à sua falta de valor como ser humano, à falta de sentido que não encontra em si como pessoa, e a não ser viver pelo homem, projectada no homem, projectada no filho e agora no sexo, no falo, ela acha que não vive…e que NÃO É PREENCHIDA e tudo isto porque a sua vida foi destituída de significado para além de servir o Homem; a mulher foi assim programada para obedecer e servir a deus, o pai, o marido e o filho e agora vê inverter-se a sua situação de mulher legítima e séria… ou.. prostituta, a ser “enaltecida” já não no altar, ou no bordel, mas exclusivamente na cama, na mulher-objecto, só sexo, uma mulher degradada pela sexualidade mais abjecta para servir ao seu “deus falo”, baseado na sua anulação e na mais vil submissão, na mais completa sujeição “ao prazer” anulando todo o seu ser na mera escravidão sexual aos padrões machistas e falocráticos que agora se destacam não só nos Mídea e Publicidade como é o tema preferencial destes escritores pop-pornográficos, cito o caso deste  Pedro Chagas, realmente uma chaga literária…um verme literário e uma vergonha para quem tiver um mínimo de sentido do que é a literatura. Sim, digo vergonha…porque esta gentinha sem princípios sem educação nenhuma, sem integridade humana, sem qualquer noção do Ser em si, para além de uma mente perversa e insana, são o fruto de uma sociedade podre, alienada e de um Sistema – FALOCRÁTICO – que atingiu o seu auge de decadência e que é a pouca-vergonha de não se ter já qualquer noção do que é a verdadeira dignidade nem a classe de uma mulher ou de homem! Esta geração rasca, realmente rasca, pensa que ter vergonha na cara não é moderno nem comercial, e o que importa é Vender e comprar a todo o transe…e pensam que dizer todas estas barbaridades a qualquer preço e que dizem em nome da “mulher” do “amor” do “desejo” e até de “deus”…é o máximo…e é “arte”…ou literatura…de lixo!

Este é o maior LIXO tóxico ao cimo do Planeta, porque ele é mental e moral e quase toda esta geração proveniente do Sistema mercantil e económico é a expressão máxima dos dias em que vivemos…Prova-o a poluição verbal neste caso e a violência camuflada, o despotismo e a demência disfarçada de arte…

por, RLP 

QUANDO SE ESCREVE SOBRE MULHERES...

E A CENSURA A SUA VIOLÊNCIA...

"Vigora a ignorância mais crassa que, aliás, se exprime abertamente todos os dias. Pode dizer-se e escrever-se sobre as mulheres as asneiras mais infames, sem que isso provoque a menor indignação. A gaiola de vidro funciona muito bem. O sexismo provoca muitos danos e isto não é sabido. Não é denunciado, não é descrito, não é deplorado, não são analisados os efeitos que influenciam os nossos comportamentos, sem nos darmos conta. Como se não existisse.

- Isso é estranho, nestes tempos de comunicação em todos os sentidos.

- Não é nenhum fenómeno novo. A isso chama-se censura.”

(…)
in "todos os homens são iguais ...mesmo as mulheres"
de isabelle alonso


  O QUE É O FALOCRATISMO...
NOÇÕES FUNDAMENTAIS...

El falocentrismo


Falocentrismo quiere decir que el falo es el centro de la sexualidad; que toda la sexualidad se orienta y gira en torno al falo, el cual es el objeto de todas las pulsiones, de todo el deseo, capaz de atraer y absorber el conjunto de la energía erótica de la mujer. Este mensaje lo vamos interiorizando desde que nacemos, desde el momento en que, como dice Lea Melandri, nuestra madre no está ahí como mujer con su cuerpo de mujer en gestación extrauterina, sino como mujer del hombre para el hombre. Al negarnos su cuerpo, niega todo el caudal de energía erótica y toda la sexualidad no falocéntrica de la mujer. Y aprendemos a percibirnos a través de la mirada del hombre , y a desvalorar nuestro cuerpo. Esto es el núcleo básico, el germen inicial de una socialización que será devastadora de nuestros cuerpos y de nuestra energía sexual; no sólo porque de niñas y de adolescentes nos 'perdemos' toda un desarrollo -no falocéntrico- de nuestra sexualidad, sino también y sobre todo, porque nuestro cuerpo adulto ha somatizado toda esa represión, se ha hecho un cuerpo acorazado y tieso con un útero inmovilizado, sin haber desarrollado nuestro sistema erógeno, y además ha interiorizado la des-valorización y el desprecio del propio cuerpo, orígen de toda la misoginia, el caudal de emoción envenenada que alienta la sociedad patriarcal.
Según vamos creciendo, ya con toda la presión social, se va asentando en nuestras mentes una percepción que infravalora y deforma nuestros cuerpos y su potencial erótico, aceptando que es normal que la regla nos duela todos los meses, que estar embarazada es una pesadez y una lata por lo que hay que pasar para tener un@ hij@, y que el parto es un mal trago que sólo gracias a la epidural y a la medicina se palia un poco. Nos han robado nuestra capacidad erótica, quedando además fuera de nuestra conciencia y de nuestra imaginación , lo que de hecho es nuestro cuerpo y su sistema erógeno, con todo su enorme potencial de placer y sexualidad, que quedó atrás en el Paraíso matricéntrico del que fuímos expulsadas, desterrado en el Hades o condenado al Infierno. No es un eufemismo decir que somos seres castrados, especialmente referido a la mujer occidental moderna de la aldea global y formada en los medios audiovisuales, los cuales están terminando con los vestigios de sexualidad y sabiduría popular femenina que se transmitía de madres a hijas.
(...)

El asalto al Hades
La rebelión de Edipo 1ª PARTE
Casilda Rodrigáñez Bustos

Blog (SOURCE)


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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?

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