Origem das Palavras - Lacaio; Emancipação
Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in As Palavras , Curiosidades , Dicionário , Emendas de Palavras , Significados | Posted on 15:47
A verdadeira mentira: os estudiosos se referem à palavra *mentionica, do latim tardio do século XI, que por sua vez teria vindo do baixo latim mentire, remetendo ao latim clássico mendacium, termo ligado à palavra mens.
A palavra mens está na raiz da mentira. Mens significa "mente", "inteligência", "discernimento", o que poderia nos fazer concluir que o mentiroso precisa ter uma boa cabeça. Um mentecapto não sabe mentir.
Mas há ainda um significado especial para mens — "intenção". O que tem em mente o mentiroso ao lançar mão da mentira? A verdadeira mentira jamais acontece por inadvertência ou em nome de boas intenções. É fruto de uma vontade empenhada em enganar.
Emancipação: na antiguidade romana, um senhor podia emancipare (libertar) um escravo. A palavra era composta pelo prefixo ex (indicando a ideia de "saída" ou de "retirada"), pelo substantivo manus ("mão", simbolizando poder) e pelo verbo capere ("agarrar", "pegar").
Emancipar é "retirar a mão que agarra", é abrir mão do poder sobre alguém. E emancipar-se será, portanto, dizer a quem nos oprime: "tire a sua mão de cima de mim!".
Emancipar é "retirar a mão que agarra", é abrir mão do poder sobre alguém. E emancipar-se será, portanto, dizer a quem nos oprime: "tire a sua mão de cima de mim!".
Moleque : a palavra vem do quimbundo (língua falada em Angola) muleke, "garoto", "filho". Sobrepôs-se a "curumim", de origem indígena, com o mesmo sentido de "menino".
A palavra "moleque", no Brasil, ficou inicialmente associada ao filho do escravo, ao negrinho, e depois ao menino solto, malcriado, travesso. O preconceito promoveu a conotação pejorativa da palavra (com especial força nas discussões entre políticos), designando o adulto irresponsável, vagabundo, ordinário, canalha etc.
Curiosamente, "moleque", no português moçambicano, não significa "criança" nem "rapazote", mas "empregado doméstico" ou "lacaio".
Lacaio: s.m. Criado, geralmente trajado de libré. O lacaio era uma figura do século XVIII, o fiel criado trajado com cabeleira empoada a pó de talco, que cirandou pelos salões da aristocracia, até bem entrado estava o século XIX.
Caiu posteriormente no linguajar, mais solto e desbragado, mas mais honesto, do povo, como sinónimo de alguém que é um capacho, um pau mandado, um Indivíduo servil, subserviente ou mais comum um lambe botas. Justamente o General Wilhelm Keitel, um dos íntimos de Hitler era apodado de “Lakeitel”, um nome pejorativo que brincava com a fonética do nome do general e a sua atitude servil perante o chefe, Keitel era resumindo no dizer dos outros um grande lambe botas.
Os lacaios nesse sentido pejorativo, sempre fizeram escol em terras lusas, hoje mais do que nunca eles aí perambulam, em todas as instituições, os lacaios estão sentadinhos junto ao poder, por vezes instituições que deveriam pugnar por orientações democráticas, orientam antes a sua actividade pelo servilismo nojento e pela vassalagem que prestam aos poderosos, veja-se o caso de vários pasquins jornaleiros locais, regionais e mesmo nacionais, que servem apenas o interesse dos poderes instituídos, cobrindo a sua acéfala peregrinação com a pretensa defesa de um bairrismo acabrunhante ou noticiando parolices abjectas, aliás os apetecidos meios de comunicação, jornais e televisões são manjares apetecidos para os senhores do poder, permeáveis que são essas instituições à influência malévola e corruptora do poder, a troca é simples, eu publico uns editais no teu pasquim, pago, e tu publicas apenas coisas agradáveis ou evitas publicar coisas desagradáveis, sendo que as mais das vezes apenas publicas o que eu quero, simples não é, assim cria-se uma verdadeira relação canina, onde o pasquim não irá nunca morder o dono.
Os lacaios, são os cães de fila dos poderosos, fazem o seu trabalho sujo, se cuidarem de observar, nunca é o poderoso que emite as declarações mais gravosas, ou os actos mais velhacos, isso fica a cargo do lacaio, esse nobre cão de fila que se infiltra e vai fazendo o seu trabalho de sapa, arcando com os riscos dos actos e das palavras que o dono manda reproduzir, o lacaio é recompensado com prebendas e ofertas com lugares bem pagos ou com negociatas de duvidosa legalidade. Poderoso e feliz o lacaio prospera, na actual conjuntura, o servilismo acéfalo e acrítico é premiado, este é o país em que o lacaio nunca desapareceu, antes se foi adaptando aos seus novos lugares e funções.
Image, tomblette
Le canard laquais était préparé à l’origine dans la cour impériale des Ming. Étant devenu un favori de l’empereur il était en vogue sous les Qing. Il demeure jusqu’à notre époque des laquais fameux, typique de la démocratie chinoise.
La préparation du canard laquais commence dès que le canard est né. On l’engraisse par gavage pendant 15 ans et puis l’égorge lorsqu’il ne serre plus a rien.
C’est une personne servile (c'est-à-dire manifestant une soumission avilissante et quasi-masochiste à autrui, indigne d'un homme libre), est probablement apparu vers la même époque au début du capitalisme.
Via tomblette
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Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?