«(…)As pessoas sãs deixam o processo criativo para os outros. A sanidade é a norma. Se pensarmos no termo ''são'', a melhor definição possível é ''normal''. Não existem portanto pessoas completamente normais, mas sim indivíduos que aceitam a maioria das normas, e são por isso apelidadas pessoas normais.
Os ''criativos'', por outro lado, atrevem-se a tentar a criação de coisas, que os ''sãos'' normalmente nunca tentariam, ou se atreveriam a tentar.
Os ''criativos'', por outro lado, atrevem-se a tentar a criação de coisas, que os ''sãos'' normalmente nunca tentariam, ou se atreveriam a tentar.
A insanidade é a visão, a intuição, a constante procura da ''invenção'', da ''inovação''. A insanidade não pode e nunca deve ser excluída do processo criatico. Será atributo das ditas pessoas normais a criação? Será o acto de escrever um livro de 500 páginas um acto próprio dum individuo são, ou será uma atitude impregnada de um pouco de insanidade?
A ''inanidade' criativa'' é equivalente a um longo sonho, do qual nunca se acorda ou não se pretende voluntariamente acordar. Numa sociedade ambígua, desordenada, e em situção de delirium, inércia e hipocrisia, não é possível identificar e delimitar e fronteiras entre a normaliddae e anormalidade, entre a inanidade e a sanidade.
A fronteira não é clara, não é identificável. Será que podemos falar do estado mental de Van Gogh? Ou será que definir o génio de Van Gogh é praticamente impossível, mesmo que o próprio tenha sido banido, julgado e condenado como louco?
Será que cortando a sua orelha esquerda o tornou uma pessoa insana...(...) »
Comments (0)
Enviar um comentário
Bichinho Azul, conta p´ra mim quantos dedinhos e buraquinhos contou por aqui?