Do Amor, que Amor
Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in As Palavras , Crónicas , Figuras de Estilo , Momentos | Posted on 17:15
‘’ O Amor tinha cheiros doces naquela tarde. Há dias que o Amor se senta no nosso colo, quando à porta de nós mesmos nos instalamos. Não precisamos de nada. Apenas precisamos de estar. Estar dentro dessa enorme sala que nos habita. Uma sala memorial, senhorial e endeusada pela formosa Afrodite. O Altar que aí construímos é o nosso próprio Coração em frente à divindade do Si – Mesmo. ‘’
Como o Amor não é uma constante, porque não se aguenta por si mesmo e nem se sustenta por 24 horas dentro da Humanidade, há aqueles outros elementos que nos sacodem para vir lembrar-nos que aquele Deus chamado Amor, não tem forcas, limites… o único limite dele, é ser impedido de Amar. Mas não é tão Tosco quanto o Narciso. Esse louco vaidoso e de ego – centrado, que a Mitologia revelou, e, que esqueceu todos ao ser arrebatado por ele, por ele mesmo. Ah, se ele tivesse tido a ousadia de levantar apenas por um segundo o rosto, que mundo maravilhoso teria sido descoberto!! Um mundo onde a perfeição e imperfeição se tocavam numa música celestial e telúrica.
Até pareço ouvir aquela voz, ‘’ isto é um crime, levantar eu, o meu rosto!? Cruzes, não quero ser crucificado pela feiura de um outro mundo. Eu Sou DEUS. Não preciso de uma Deusa. Já aprendi a maquilhar-me!!‘’. Ele, apenas, amou a si mesmo, nunca poderia levantar o seu rosto para amar a outros. Isso significaria que teria de compartilhar o Amor, e isso, era penoso para o seu grande egoísmo. Apenas, um desejo o possuía, de possuir a si mesmo. O que é impossível, como é óbvio. Fazer Amor carnalmente consigo mesmo e com todos os órgãos possíveis, é uma tarefa de arrepiar qualquer um. Nem Hércules conseguiria encontrar uma formula para tal. ‘’Não há como beijar a própria boca, como se beija uma outra boca! ‘’, não é curioso? Então, imaginem Narciso… o seu sofrimento era penoso!! Nem o exacerbado amor que sentia, o impedia da posse e do sofrimento! Afinal, qual era o Objecto de possessão e obsessão que Narciso realmente desejava em si??
Assim, fica a pergunta, que Amor é esse que sendo Amor não pode fazer e trazer dor? Então, o equívoco do Narciso foi querer possuir, o que não pode ser possuído, mas apenas pode possuir quem, ele, o Amor, escolhe!? Interessante, não é? Porque se pudéssemos possuir, então seria fácil apertar o botão e dizer, ‘’ não amo este homem, amo aquele!!’’.
Lá longe nas pradarias, quando o Verão já furou a estação. Alguém de vestido curto, muito curto e sem cueca se deitava sobre as graminhas e gritava a Eco, ‘’ diz-me Eco, diz-me… ‘’. Eco ressurgia e dizia, ‘’ Narciso se perdeu!! Perdeu!! ‘’
Que Amor é esse, que nessa tarde se sentou? Esse Amor de braço comprido que enrolou-o aquele cavalo e disse-lhe, ‘’ a tua Crina, Amor, tem dosséis de Eternidade que me chegam à Ternura da pele.’’ Desta vez, não era Narciso que ali falava, era sim, Afrodite… a Grande Afrodite!!
Como o Amor não é uma constante, porque não se aguenta por si mesmo e nem se sustenta por 24 horas dentro da Humanidade, há aqueles outros elementos que nos sacodem para vir lembrar-nos que aquele Deus chamado Amor, não tem forcas, limites… o único limite dele, é ser impedido de Amar. Mas não é tão Tosco quanto o Narciso. Esse louco vaidoso e de ego – centrado, que a Mitologia revelou, e, que esqueceu todos ao ser arrebatado por ele, por ele mesmo. Ah, se ele tivesse tido a ousadia de levantar apenas por um segundo o rosto, que mundo maravilhoso teria sido descoberto!! Um mundo onde a perfeição e imperfeição se tocavam numa música celestial e telúrica.
Até pareço ouvir aquela voz, ‘’ isto é um crime, levantar eu, o meu rosto!? Cruzes, não quero ser crucificado pela feiura de um outro mundo. Eu Sou DEUS. Não preciso de uma Deusa. Já aprendi a maquilhar-me!!‘’. Ele, apenas, amou a si mesmo, nunca poderia levantar o seu rosto para amar a outros. Isso significaria que teria de compartilhar o Amor, e isso, era penoso para o seu grande egoísmo. Apenas, um desejo o possuía, de possuir a si mesmo. O que é impossível, como é óbvio. Fazer Amor carnalmente consigo mesmo e com todos os órgãos possíveis, é uma tarefa de arrepiar qualquer um. Nem Hércules conseguiria encontrar uma formula para tal. ‘’Não há como beijar a própria boca, como se beija uma outra boca! ‘’, não é curioso? Então, imaginem Narciso… o seu sofrimento era penoso!! Nem o exacerbado amor que sentia, o impedia da posse e do sofrimento! Afinal, qual era o Objecto de possessão e obsessão que Narciso realmente desejava em si??
Assim, fica a pergunta, que Amor é esse que sendo Amor não pode fazer e trazer dor? Então, o equívoco do Narciso foi querer possuir, o que não pode ser possuído, mas apenas pode possuir quem, ele, o Amor, escolhe!? Interessante, não é? Porque se pudéssemos possuir, então seria fácil apertar o botão e dizer, ‘’ não amo este homem, amo aquele!!’’.
Lá longe nas pradarias, quando o Verão já furou a estação. Alguém de vestido curto, muito curto e sem cueca se deitava sobre as graminhas e gritava a Eco, ‘’ diz-me Eco, diz-me… ‘’. Eco ressurgia e dizia, ‘’ Narciso se perdeu!! Perdeu!! ‘’
Que Amor é esse, que nessa tarde se sentou? Esse Amor de braço comprido que enrolou-o aquele cavalo e disse-lhe, ‘’ a tua Crina, Amor, tem dosséis de Eternidade que me chegam à Ternura da pele.’’ Desta vez, não era Narciso que ali falava, era sim, Afrodite… a Grande Afrodite!!
NãoSouEuéaOutra in ‘’ Dossel de Amor, Narciso nunca Morreu, apenas ressuscitou consciente’’
belíssimo post. li-o e reli-o... ainda deixo que a sua música se envolva com os meus sentidos, numa dança sem fim...
beijinho!
Ai o Amor, eterna rebeldia da Musa! Tanta tinta já verteu e continuará!